Foi um assombro quando Bordalo II entrou no atelier de José de Guimarães e deparou com a sua colecção de arte africana, vertente que desconhecia do trabalho do artista plástico. No piso inferior, mergulhou nas criações com influências de outras culturas, da América Latina ao Oriente. Há mais de 30 anos que José de Guimarães tem o seu atelier na encosta do Castelo, no bairro de Alfama, aonde chega todos os dias pela manhã, cedo, e fica a trabalhar até ao final da tarde, “como um operário, com a mesma rotina”, especifica. Artur Bordalo confessa que teve de aprender a ser mais metódico: “Há uma adrenalina no desenvolvimento de uma obra que nos mantém numa actividade constante, viciante, sem drogas, isso sou completamente contra, mas a adrenalina é um adictivo e é importante estabelecer limites. Antigamente, trabalhava non stop, até que cheguei a um momento em que foi prejudicial para a minha saúde e tive de parar.”
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Foi um assombro quando Bordalo II entrou no atelier de José de Guimarães e deparou com a sua colecção de arte africana, vertente que desconhecia do trabalho do artista plástico. No piso inferior, mergulhou nas criações com influências de outras culturas, da América Latina ao Oriente. Há mais de 30 anos que José de Guimarães tem o seu atelier na encosta do Castelo, no bairro de Alfama, aonde chega todos os dias pela manhã, cedo, e fica a trabalhar até ao final da tarde, “como um operário, com a mesma rotina”, especifica. Artur Bordalo confessa que teve de aprender a ser mais metódico: “Há uma adrenalina no desenvolvimento de uma obra que nos mantém numa actividade constante, viciante, sem drogas, isso sou completamente contra, mas a adrenalina é um adictivo e é importante estabelecer limites. Antigamente, trabalhava non stop, até que cheguei a um momento em que foi prejudicial para a minha saúde e tive de parar.”