PR fala em possível repatriamento de portugueses por causa de variante Omicron
Presidente, de visita a Luanda, revela anda que Angola está a pensar fechar as fronteiras
O Presidente da República considerou este sábado que o repatriamento de cidadãos portugueses, por causa da estirpe do SARS-CoV-2 recentemente descoberta, depende dos “juízos das autoridades sanitárias”, mas lembrou que o processo é da competência do Governo.
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O Presidente da República considerou este sábado que o repatriamento de cidadãos portugueses, por causa da estirpe do SARS-CoV-2 recentemente descoberta, depende dos “juízos das autoridades sanitárias”, mas lembrou que o processo é da competência do Governo.
No final de uma visita ao Centro de Vacinação Paz Flor, nos arredores de Luanda, Marcelo Rebelo de Sousa foi questionado sobre os pedidos de repatriamento de vários portugueses residentes, por exemplo, em Moçambique, por causa das restrições às viagens decretadas para mitigar a propagação da mais recente variante, detectada na África do Sul.
“Não vou antecipar aquilo que é uma competência do Governo nessa matéria de repatriamento, por envolver intervenção de juízos das autoridades sanitárias”, referiu o chefe de Estado.
Neste momento, prosseguiu, “entra o saber ir medindo a progressão de casos fora do país, dentro do país, de portugueses dentro do país ou fora do país”.
Questionado também sobre a proporcionalidade das medidas apresentadas na última semana pelo Governo para conter a pandemia em Portugal face ao aparecimento da Omicron, o Presidente da República recordou que já durante a última sessão do Infarmed um dos epidemiologistas falou “com conhecimento de causa da existência” de uma “variante da variante e tinha dito que era mais contagiosa”, mas possivelmente menos fatal.
Por isso, acrescentou, está a ser feito um trabalho de acompanhamento entre o aumento do número de infecções e a proporcionalidade das medidas que têm de ser decretadas.
“Naquilo que se sabia e sabe neste momento, [as medidas] foram pensadas nesse quadro, portanto, não podemos agora imaginar o que se virá a saber daqui por dois meses, três meses, quatro meses”, declarou.
Marcelo também partilhou algo que achou não ser uma “inconfidência” e disse que Angola também estava a pensar encerrar as fronteiras a países com casos da Omicron.