Travis Birds levou-nos por uma noite à Costa dos Mosquitos – e valeu a viagem

Travis Birds estreou-se em Portugal em 2019 no Misty Fest, que voltou a trazê-la agora, e o primeiro espectáculo que aqui deu foi uma demonstração plena das suas capacidades e da sua arte. Este sábado estará em Coimbra e domingo em Espinho.

Foto
Travis Birds no videolipe de Madre conciencia DR

Quem a viu em Lisboa, há dois anos, já teria uma ligeira (mas garantida) aproximação ao que aí vinha. Foi no dia 6 de Novembro de 2019 que a cantora e compositora espanhola Travis Birds (nascida em Madrid em 1990) se apresentou pela primeira vez em Portugal, trazendo na bagagem um álbum (Año X, 2016), canções avulsas como Madre conciencia ou Coyotes e um novo álbum ainda por lançar, La Costa de los Mosquitos. Foi no Jardim de Inverno do São Luiz, em Lisboa, perante uma plateia atenta mas sem casa cheia, no âmbito do Misty Fest desse ano. Agora, passado o hiato ditado pela pandemia (que está longe de nos largar, como se vê), regressa a convite do mesmo festival, e o primeiro espectáculo que aqui deu foi uma demonstração plena das suas capacidades e da sua arte. Se em 2019 viera em trio, agora veio em quinteto (ela, voz e guitarra acústica, e quatro instrumentistas: teclados, guitarra eléctrica, baixo eléctrico e bateria), fazendo o pleno da sonoridade exigida pelas suas canções, que se movem num universo de inquietudes e sombras, introspectivo, jogando no confronto entre a fragilidade das convenções e a força animal que existe em cada ser humano.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Quem a viu em Lisboa, há dois anos, já teria uma ligeira (mas garantida) aproximação ao que aí vinha. Foi no dia 6 de Novembro de 2019 que a cantora e compositora espanhola Travis Birds (nascida em Madrid em 1990) se apresentou pela primeira vez em Portugal, trazendo na bagagem um álbum (Año X, 2016), canções avulsas como Madre conciencia ou Coyotes e um novo álbum ainda por lançar, La Costa de los Mosquitos. Foi no Jardim de Inverno do São Luiz, em Lisboa, perante uma plateia atenta mas sem casa cheia, no âmbito do Misty Fest desse ano. Agora, passado o hiato ditado pela pandemia (que está longe de nos largar, como se vê), regressa a convite do mesmo festival, e o primeiro espectáculo que aqui deu foi uma demonstração plena das suas capacidades e da sua arte. Se em 2019 viera em trio, agora veio em quinteto (ela, voz e guitarra acústica, e quatro instrumentistas: teclados, guitarra eléctrica, baixo eléctrico e bateria), fazendo o pleno da sonoridade exigida pelas suas canções, que se movem num universo de inquietudes e sombras, introspectivo, jogando no confronto entre a fragilidade das convenções e a força animal que existe em cada ser humano.