Portugal suspende voos de e para Moçambique e impõe quarentena a viajantes de sete países
Medidas devem-se à variante Ómicron, mais contagiosa do que as restantes estirpes do vírus já identificadas.
O Governo português determinou a suspensão dos voos de e para Moçambique a partir das 0h de segunda-feira, 29 de Novembro. Estas restrições são motivadas pela detecção da nova variante Ómicron, mais contagiosa do que as restantes estirpes do vírus já identificadas.
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O Governo português determinou a suspensão dos voos de e para Moçambique a partir das 0h de segunda-feira, 29 de Novembro. Estas restrições são motivadas pela detecção da nova variante Ómicron, mais contagiosa do que as restantes estirpes do vírus já identificadas.
“Já a partir das 0h deste sábado, 27 de Novembro, todos os passageiros de voos oriundos de Moçambique (assim como da África do Sul, Botswana, eSwatini, Lesoto, Namíbia e Zimbabué) ficam obrigados a cumprir uma quarentena de 14 dias após a entrada em Portugal continental, no domicílio ou em local indicado pelas autoridades de saúde”, diz o Ministério da Administração Interna em comunicado.
“Esta obrigatoriedade de cumprir a quarentena de 14 dias aplica-se ainda aos cidadãos que entrem em território nacional que tenham saído de algum daqueles sete países nos 14 dias anteriores à sua chegada a Portugal”, acrescenta.
Portugal segue a pisada de vários países que já restringiram viagens de e para os países onde a variante Ómicron foi detectada. Na tarde desta sexta-feira, os Estados Unidos anunciaram restrições à África do Sul, Botswana, Zimbabué, Namíbia, Lesoto, eSwatini, Moçambique e Malawi. Também Canadá, França, Itália, Reino Unido, Alemanha, Países Baixos, Singapura, Áustria e Israel fecharam as fronteiras a estes países da África Austral. No caso da Rússia, esta restrição estende-se ainda a Hong Kong.
Estas medidas restritivas “visam prevenir a disseminação da nova variante do vírus SARS-CoV-2”. A Organização Mundial da Saúde (OMS) considerou esta sexta-feira a Ómicron uma variante de preocupação.
“Esta variante tem um número alargado de mutações, algumas das quais inspiram preocupação. Indícios preliminares sugerem um risco mais acentuado de reinfecção, em comparação com outras variantes de preocupação. O número de casos desta variante [Ómicron] parecem aumentar em todas as províncias da África do Sul”, escreve a OMS.
Com pouca informação ainda disponível, há vários estudos em curso que procuram desvendar as possíveis estratégias para travar o avanço da variante Ómicron. São as vacinas eficazes contra esta nova variante? A BioNTech/Pfizer conta ter a resposta para esta pergunta daqui a duas semanas, quando estiverem concluídos os estudos que colocados em curso à Ómicron, que também já foi detectada em continente europeu.