Um abismo da depressão

A escrita de Evans é límpida acompanha com brio o desmoronar das relações afectivas.

Foto
Pessoas Comuns: o processo de afastamento (físico, psicológico, erótico) dos amantes DR

É difícil haver algo mais comum e corriqueiro do que uma história centrada na vida quotidiana de dois casais da classe média, na Londres contemporânea. Michael e Melissa, Damian e Stephanie são os protagonistas principais deste romance, aparentemente tradicional, ao qual a autora imprime um cunho que podemos associar ao realismo do século XIX. A comparação com, por exemplo, Charles Dickens vem a propósito, uma vez que a autora, Diana Evans, filha de mãe nigeriana e de pai inglês, traça o retrato de uma certa burguesia negra, citadina, a que acrescenta alusões que parecem saídas de Cenas da Vida Conjugal de Ingmar Bergman, o filme em que o cineasta nos mostra como o casamento (isto é, a intimidade) pode “matar”.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

É difícil haver algo mais comum e corriqueiro do que uma história centrada na vida quotidiana de dois casais da classe média, na Londres contemporânea. Michael e Melissa, Damian e Stephanie são os protagonistas principais deste romance, aparentemente tradicional, ao qual a autora imprime um cunho que podemos associar ao realismo do século XIX. A comparação com, por exemplo, Charles Dickens vem a propósito, uma vez que a autora, Diana Evans, filha de mãe nigeriana e de pai inglês, traça o retrato de uma certa burguesia negra, citadina, a que acrescenta alusões que parecem saídas de Cenas da Vida Conjugal de Ingmar Bergman, o filme em que o cineasta nos mostra como o casamento (isto é, a intimidade) pode “matar”.