FCT aprova 400 novos contratos de trabalho a prazo para cientistas

Os contratos de trabalho seleccionados – 208 para investigador júnior, 156 para investigador assistente, 35 para investigador principal e um para investigador coordenador – têm a duração máxima de seis anos.

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Foram avaliadas 3730 candidaturas, tendo sido seleccionadas 400 Sandra Ribeiro

A Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) aprovou 400 novos contratos de trabalho a prazo para investigadores doutorados, a maioria juniores, num investimento de mais de 119 milhões de euros, divulgou o ministério da tutela esta quarta-feira.

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A Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) aprovou 400 novos contratos de trabalho a prazo para investigadores doutorados, a maioria juniores, num investimento de mais de 119 milhões de euros, divulgou o ministério da tutela esta quarta-feira.

Os resultados do concurso de 2021, o quarto desde 2018, são ainda provisórios, uma vez que podem ser contestados pelos concorrentes em sede de audiência prévia. Neste concurso – cujos resultados foram publicados na terça-feira pela FCT e divulgados esta quarta-feira pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e do Ensino Superior – foram avaliadas 3730 candidaturas, tendo sido seleccionadas 400. 

Os contratos de trabalho seleccionados – 208 para investigador júnior, 156 para investigador assistente, 35 para investigador principal e um para investigador coordenador – têm a duração máxima de seis anos, de acordo com a legislação de estímulo ao emprego científico. Segundo a FCT, a distribuição dos contratos por categoria “é proporcional ao respectivo número de candidatos avaliados”.

Humanidades, engenharia e tecnologia e ciências naturais são as áreas de investigação com mais contratos aprovados. A maioria dos contratos destina-se a investigadores portugueses, seguindo-se espanhóis, italianos e franceses. Comparativamente ao concurso de 2020, que aprovou 300 candidatos, o de 2021 teve um aumento de 4,5% de investigadores estrangeiros seleccionados, que representam 31,5% do total de cientistas que irão beneficiar de um contrato de trabalho. Os candidatos são avaliados por painéis de peritos internacionais.

Na primeira edição do concurso, em 2018, foram concedidos 500 contratos de trabalho a termo. Em quatro edições foram aprovados 1500. Os concursos, aos quais os investigadores podem concorrer individualmente, são anuais, com as candidaturas a decorrerem no início de cada ano e os resultados a serem apenas divulgados mais de seis meses depois. Os contratos só são assinados entre os investigadores e as instituições científicas onde vão trabalhar no ano seguinte ao do concurso, após a assinatura da contratualização do processo entre as instituições e a FCT, entidade financiadora dos contratos de trabalho.

A FCT, na dependência do Governo, é a principal entidade que financia a investigação científica em Portugal, nomeadamente através de bolsas e contratos de trabalho a prazo.