Regresso à testagem, aos certificados e contínuo isolamento de turmas “pode gerar contestação social”
Recuperar o uso das máscaras e das limitações à lotação dos espaços, deixar cair os certificados de vacinação. Testes, sim, mas não necessariamente obrigatórios para tudo e para todos. O PÚBLICO perguntou a três especialistas que novas restrições fazem sentido no combate à pandemia e a resposta, em jeito de aviso, foi que há duas áreas em que o Governo não deve tocar: a cultura e as escolas
Não será fácil para o primeiro-ministro, António Costa, responder ao novo aumento da velocidade de propagação do SARS-Cov-2 sem hipotecar a recuperação económica do país nem correr o risco de esgotar a paciência dos cidadãos e agentes económicos. E uma das decisões mais difíceis, de entre as restrições que hão-de ser anunciadas ao país após o Conselho de Ministros de quinta-feira, é o que fazer com as escolas. “Vamos permitir que as crianças continuem a ficar privadas da escola numa base diária e que continuem a ir para casa de forma preventiva e em número cada vez maior à medida que aumenta a incidência?”, questiona Tiago Correia, professor e investigador no Global Health and Tropical Medicine, do Instituto de Higiene e Medicina Tropical da Universidade Nova de Lisboa, para quem a resposta devia ser um inequívoco não.
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Não será fácil para o primeiro-ministro, António Costa, responder ao novo aumento da velocidade de propagação do SARS-Cov-2 sem hipotecar a recuperação económica do país nem correr o risco de esgotar a paciência dos cidadãos e agentes económicos. E uma das decisões mais difíceis, de entre as restrições que hão-de ser anunciadas ao país após o Conselho de Ministros de quinta-feira, é o que fazer com as escolas. “Vamos permitir que as crianças continuem a ficar privadas da escola numa base diária e que continuem a ir para casa de forma preventiva e em número cada vez maior à medida que aumenta a incidência?”, questiona Tiago Correia, professor e investigador no Global Health and Tropical Medicine, do Instituto de Higiene e Medicina Tropical da Universidade Nova de Lisboa, para quem a resposta devia ser um inequívoco não.