EUA vão retirar ex-guerrilha colombiana FARC da lista negra do terrorismo
Esta guerrilha marxista integra, desde 1997, a lista negra dos Estados Unidos, que permite aplicar sanções financeiras e diplomáticas contra certos grupos e os seus membros.
O Governo norte-americano vai retirar os ex-guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) da lista negra de organizações terroristas estrangeiras, segundo fonte do Congresso dos Estados Unidos.
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O Governo norte-americano vai retirar os ex-guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) da lista negra de organizações terroristas estrangeiras, segundo fonte do Congresso dos Estados Unidos.
“Posso confirmar que o Governo enviou hoje [terça-feira] uma notificação ao Congresso a comunicar a retirada das FARC da lista de organizações terroristas”, destacou a fonte parlamentar norte-americana à agência AFP. Esta decisão surge na véspera do quinto aniversário da assinatura do acordo de paz que terminou com a guerra na Colômbia.
O porta-voz da diplomacia norte-americana, Ned Price, tinha apenas adiantado anteriormente que seria divulgada uma “nota sobre os próximos passos” de Washington relativamente às FARC.
Esta guerrilha marxista integra, desde 1997, a lista negra dos Estados Unidos, que permite aplicar sanções financeiras e diplomáticas contra certos grupos e os seus membros.
A 24 de Novembro de 2016, as FARC assinaram um acordo de paz com o então presidente colombiano, Juan Manuel Santos, na sequência de negociações que decorreram em Cuba.
Considerada a guerrilha mais poderosa da América Latina, com 13 mil combatentes, as FARC têm vindo a desmembrar-se, embora a paz continue frágil naquele país, que está ainda dividido e sujeito à violência. Os antigos combatentes formaram um partido político – Comunes – que não tem expressão até agora.
“O processo de paz e a assinatura do acordo há cinco anos representaram uma verdadeira viragem para o longo conflito colombiano”, tinha destacado o porta-voz da diplomacia norte-americana.
Ned Price salientou que o acordo “encerrou cinco décadas de conflito” e permitiu colocar a Colômbia “no caminho de uma paz justa e duradoura”. “Fizemos tudo para a preservar. Continuamos totalmente empenhados em trabalhar com os parceiros colombianos na implementação do acordo de paz”, garantiu.