Prémio José Saramago vai passar a valer 40 mil euros
Em ano de balanço, haverá novas regras: a partir da sua 12.ª edição, o galardão passará a distinguir apenas obras de ficção inéditas. A idade-limite para concorrer sobe de 35 para 40 anos.
Já se sabia, desde a última atribuição, que a próxima edição do Prémio Literário José Saramago iria expandir para os 40 anos (em vez dos actuais 35) a idade-limite dos candidatos àquele galardão. Esta quarta-feira, a Fundação Círculo de Leitores, em articulação com a Fundação José Saramago, anunciou em comunicado que, a partir da sua 12.ª edição, mudará não apenas essa como outra das regras do prémio: a partir de agora, apenas podem concorrer obras de ficção inéditas de autores da lusofonia. Até aqui, o prémio destinava-se a obras cuja primeira edição tivesse sido publicada em qualquer país da lusofonia.
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Já se sabia, desde a última atribuição, que a próxima edição do Prémio Literário José Saramago iria expandir para os 40 anos (em vez dos actuais 35) a idade-limite dos candidatos àquele galardão. Esta quarta-feira, a Fundação Círculo de Leitores, em articulação com a Fundação José Saramago, anunciou em comunicado que, a partir da sua 12.ª edição, mudará não apenas essa como outra das regras do prémio: a partir de agora, apenas podem concorrer obras de ficção inéditas de autores da lusofonia. Até aqui, o prémio destinava-se a obras cuja primeira edição tivesse sido publicada em qualquer país da lusofonia.
Também o valor monetário do prémio será reforçado, estando agora fixado em 40 mil euros. Instituído para celebrar a atribuição do Prémio Nobel da Literatura a José Saramago em 1998, valia até aqui 25 mil euros. A obra vencedora será publicada em Portugal (pelo Grupo Porto Editora) e no Brasil (pela Globo Livros) e terá distribuição em todos os países da lusofonia.
“O prémio tem um patrono e mantém-se, mas noutra modalidade”, explicou ao PÚBLICO a editora Guilhermina Gomes, presidente do júri do Prémio Literário José Saramago.
Também na composição do júri haverá mudanças. “Como forma de perpetuar o espírito de Saramago, o prémio passará a ter como jurados escritores anteriormente galardoados com o prémio”, lê-se no comunicado.
Na próxima edição, cujo vencedor será anunciado no último trimestre de 2022, José Luís Peixoto, Gonçalo M. Tavares, Valter Hugo Mãe, João Tordo e Bruno Vieira Amaral compõem o júri final deste prémio que, há 20 anos, foi “pensado como instrumento para a defesa da língua através do estímulo ao surgimento de jovens escritores”.
Haverá uma primeira triagem dos inéditos recebidos. Posteriormente entra em cena o comité de leitura, constituído por três professores universitários nomeados pela presidente do júri. A selecção feita por estes académicos irá depois ser avaliada pelo júri constituído pelos escritores.
O regulamento e o processo de apresentação de candidaturas vão ser agora actualizados. As candidaturas decorrerão a partir de Janeiro de 2022, sob pseudónimo, numa plataforma online que será criada para o efeito.