Benfica empata em Camp Nou e fica nas mãos do Bayern
Com o ponto conquistado em Barcelona, as “águias” apuram-se para os oitavos-de-final da Liga dos Campeões se vencerem na última jornada o Dínamo Kiev e os catalães não ganharem em Munique.
A Liga Europa está garantida; a Liga dos Campeões logo se vê. De forma pragmática e madura, o Benfica conquistou um ponto em Camp Nou que mantém os “encarnados” na luta ombro a ombro com o Barcelona pelo apuramento para os oitavos-de-final da Champions. Num jogo em que Otamendi viu um grande golo ser anulado e Seferovic esbanjou de forma incrível a vitória benfiquista nos descontos, o domínio foi quase sempre catalão, mas nos momentos decisivos Vlachodimos manteve o empate a zero no marcador, deixando adiado para a última jornada do Grupo E: se o Barcelona não derrotar o Bayern em Munique e o Benfica vencer em Lisboa o Dínamo Kiev, as “águias” garantem o apuramento para os “oitavos” da Liga dos Campeões.
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A Liga Europa está garantida; a Liga dos Campeões logo se vê. De forma pragmática e madura, o Benfica conquistou um ponto em Camp Nou que mantém os “encarnados” na luta ombro a ombro com o Barcelona pelo apuramento para os oitavos-de-final da Champions. Num jogo em que Otamendi viu um grande golo ser anulado e Seferovic esbanjou de forma incrível a vitória benfiquista nos descontos, o domínio foi quase sempre catalão, mas nos momentos decisivos Vlachodimos manteve o empate a zero no marcador, deixando adiado para a última jornada do Grupo E: se o Barcelona não derrotar o Bayern em Munique e o Benfica vencer em Lisboa o Dínamo Kiev, as “águias” garantem o apuramento para os “oitavos” da Liga dos Campeões.
A margem de erro era zero – uma derrota hipotecava qualquer hipótese dos benfiquistas continuarem na luta pelos “oitavos” da Champions -, mas, cumprindo o que tinha dito na véspera, Jorge Jesus apresentou uma equipa que, no papel, era fiel à sua “ideia de jogo”.
Sem tocar no 3x4x3 que esta época tem sido o “plano A” das “águias”, o técnico “encarnado” apenas tinha duas mini-surpresas guardadas para Camp Nou: sem Lucas Veríssimo, preferiu o “adaptado” André Almeida a Morato para completar o trio defensivo; na frente, o período de menor fulgor de Darwin Núñez resultou na perda da titularidade do uruguaio, entrando Everton para uma das alas do ataque.
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Ao contrário de Jesus, Xavi Hernández desviou-se um pouco do guião previsível. Com mais de uma mão cheia de indisponíveis (Pedri, Ansu Fati, Braithwaite, Sergi Roberto, Abde Ezzalzouli e Akhomach), o catalão fez três mudanças em relação ao “onze” com que se estreou no fim-de-semana como treinador do Barcelona: Araújo, Lenglet e Yusuf e nos lugares de Mingueza, García e Akhomach. Na prática, as peças permitiam que Xavi mantivesse o 4x3x3 com que derrotou o Espanyol, mas frente ao Benfica Araújo jogou na zona central da defesa e Jordi Alba na ala esquerda, colocando os espanhóis com um 3x4x3 semelhante aos portugueses.
As dinâmicas, no entanto, foram diferentes. Tendo do meio campo para frente um misto de adolescentes repletos de talento - Yusuf (18 anos), Gavi (17 anos), Nico (19 anos) – e de internacionais dos Países Baixos – de Jong e Depay -, o Barcelona conseguiu durante a primeira meia hora explorar muito bem os espaços que Gilberto e André Almeida davam no lado direito da defesa benfiquista, para construir boas oportunidades para marcar: Yusuf (7’), Araújo (12’), Gavi (26’) e Alba (28’).
Com o jogo aparentemente descontrolado e com claras más sensações, o Benfica conseguiu, no entanto, reagir. Aos 34’, Yaremchuk, que não esteve feliz, cabeceou à figura de Ter Stegen e, na sequência da jogada, surgiu o caso do jogo: após um canto de Rafa, Otamendi - o melhor em campo - rematou de primeira e marcou o que seria, com toda a certeza, um dos golos da sua já longa carreira. Todavia, num lance de muito difícil ajuizamento, o árbitro assistente considerou que a bola já tinha saído pela linha final quando foi centrada por Rafa.
Remate à barra
O susto colocou os catalães em sentido e Vlachodimos passou a ter mais momentos de repouso, mas antes do intervalo o guarda-redes grego ficou a ver um remate de enorme qualidade de Yusuf embater na barra.
Sem alterações ao intervalo, o recomeço da partida manteve a tendência do final da primeira parte. Com o Benfica mais adaptado às movimentações “blaugrana”, o jogo tornou-se mais previsível e repartido, sem oportunidades para qualquer um dos lados até aos 66’, quando uma grande defesa de Vlachodimos impediu que Frenkie de Jong marcasse.
Nessa altura, Jesus já tinha trocado Yaremchuk e João Mário por Darwin e Taarabt – Xavi respondeu pouco depois lançando Dembelé. Pouco depois, foi Pizzi e Lázaro que entraram para os lugares de Rafa e Everton.
A mensagem de Jesus para dentro do campo era clara – segurar o empate passava a ser a prioridade -, e o Benfica passava a defender num claro 5x4x1, apenas com Darwin no ataque.
Com as linhas do adversário mais recuadas, o Barcelona, mesmo com menos fulgor, voltou a instalar-se no meio campo benfiquista e ficou a centímetros de garantir o apuramento: aos 83’, Ronald Araújo surgiu sozinho na área e colocou a bola no fundo da baliza “encarnada”, mas o lance foi invalidado por fora de jogo do uruguaio. No entanto, já no período de descontos, foi Seferovic que deixou Jesus de joelhos: após um contra-ataque, o suíço falhou o golo da vitória com a baliza aberta.
Mesmo com alguma sofreguidão na defesa e displicência no ataque na parte final, o Benfica saiu de Camp Nou vivo e fica agora à espera de uma ajuda do Bayern.