Trabalhadores das rodoviárias privadas cumprem hoje 24 horas de greve
A greve abrange trabalhadores de empresas privadas
Os trabalhadores das empresas de transportes rodoviárias privadas cumprem hoje 24 horas de greve, contra as propostas de actualização salariais que lhes foram apresentadas, tendo já marcado outra paralisação para o dia 2 de Dezembro.
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Os trabalhadores das empresas de transportes rodoviárias privadas cumprem hoje 24 horas de greve, contra as propostas de actualização salariais que lhes foram apresentadas, tendo já marcado outra paralisação para o dia 2 de Dezembro.
“Perante as propostas da ANTROP [Associação Nacional de Transportes de Passageiros] e Transdev de actualização salarial em 2022 de 10,5 euros por mês e 10 euros por mês, respectivamente, e após análise das organizações subscritoras da proposta comum, a Fectrans [Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações] (STRUP e STRIN) e o SITRA [Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes] decidiram avançar com um novo pré-aviso de greve para o próximo dia 22 de Novembro e 2 de Dezembro”, anunciaram, em comunicado, os sindicatos, no dia 5 de Novembro.
A greve vai abranger todos os trabalhadores das empresas privadas do sector rodoviário de passageiros, associadas na ANTROP e as da Transdev, onde se aplica o Contrato Coletivo de Trabalho Vertical (CCTV).
Na mesma nota, a Fectrans e o SITRA defenderam que as propostas dos patrões estão “muito distantes” das apresentadas pelos sindicatos, traduzindo-se “numa actualização de 0,33 euros por dia, que nem dá para beber mais um café”.
Os trabalhadores reivindicam o aumento do salário base do motorista para 750 euros, bem como uma actualização, na mesma percentagem, para os demais trabalhadores.
Por outro lado, exigem uma actualização do subsídio de refeição “nos mesmos termos percentuais” do aumento do salário do motorista e a redução do intervalo de descanso para o máximo de duas horas.
Os sindicatos reiteraram estar disponíveis para negociar propostas que permitam um acordo de valorização dos salários.
“São reivindicações que uniram os trabalhadores nas greves passadas e que continuam a ser razões para manter e ampliar a unidade na acção”, vincaram.
Os trabalhadores das rodoviárias privadas estiveram em greve nos dias 20 de Setembro e 1 de Outubro.