Salvador Malheiro tem “esperança e fé” que Rio possa continuar a ser líder do PSD

Director de campanha reitera que é à comissão política nacional que compete conduzir o processo das listas de deputados

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Salvador Malheiro assegura que Rui Rio tem aceitação nos "militantes de base" Paulo Pimenta

A candidatura à liderança de Rui Rio foi formalizada esta manhã, com a entrega das subscrições exigidas, mas sem a presença do candidato, que se encontra de visita à Madeira. Em sua substituição, o director de campanha, Salvador Malheiro, mostrou-se confiante na “aceitação” de Rio “nos militantes de base” e desvalorizou a posição de Nuno Morais Sarmento, actual vice-presidente, que não declarou apoio ao líder do partido.

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A candidatura à liderança de Rui Rio foi formalizada esta manhã, com a entrega das subscrições exigidas, mas sem a presença do candidato, que se encontra de visita à Madeira. Em sua substituição, o director de campanha, Salvador Malheiro, mostrou-se confiante na “aceitação” de Rio “nos militantes de base” e desvalorizou a posição de Nuno Morais Sarmento, actual vice-presidente, que não declarou apoio ao líder do partido.

“Tenho esperança e fé que Rui Rio possa continuar a ser presidente”, afirmou aos jornalistas, acompanhado pelo vice-presidente e coordenador da moção de estratégia global David Justino e por Filipa Roseta, que foi cabeça de lista por Lisboa nas legislativas. Salvador Malheiro reafirmou a ideia de que a candidatura de Rio é apoiada sobretudo pelos militantes de base mais do que por dirigentes das estruturas. Sobre a posição de Morais Sarmento, que não apoia Rio nem Rangel, o director de campanha disse respeitar, mas colocou o seu voto no mesmo patamar do que o de outro militante. “Sentimos uma força muito grande que nos é passada por uma militância de base. Morais Sarmento conta como outro voto, nada me diz que não possa votar Rui Rio”, afirmou.

Relativamente à elaboração das listas de candidatos a deputados, que pode gerar polémica caso haja uma mudança de líder, o director de campanha reitera que esse processo é da competência da comissão política nacional, tal como está previsto nos estatutos, mesmo que o novo presidente do partido seja Paulo Rangel. Depois do próximo sábado, data das eleições directas, “o bom senso há-de prevalecer”, disse, referindo que a comissão política já iniciou esse processo. 

A formalização da candidatura implicou também a entrega da moção de estratégia global, já divulgada ontem, e em que Rui Rio defende a necessidade de “diálogo” e de “compromisso”, “à esquerda ou à direita” após as legislativas de 30 de Janeiro. “Nunca fechamos a porta às forças políticas democráticas”, afirmou Salvador Malheiro, que é também vice-presidente do partido, referindo que a actual moção é uma “continuidade” da anterior e que foi aprovada por Paulo Rangel. 

Sem uma volta nacional, por opção do próprio Rui Rio que assumiu querer concentrar-se na preparação das legislativas, a candidatura apresentou um orçamento de 31 mil euros, um valor inferior aos 40 mil euros apresentados na campanha de 2020.