Gazprom avisa Moldova que deixará de fornecer gás dentro de 48 horas
Gigante russo ameaça cortar fornecimento ao país se não receber pagamento de cerca de 65 milhões até final desta segunda-feira
A empresa estatal russa de gás Gazprom avisou hoje a Moldova de que será forçada a suspender o fornecimento de gás, nas próximas 48 horas, se não receber integralmente o pagamento do combustível recentemente negociado. A Reuters avança que o valor é de 73 milhões de dólares (cerca de 64,6 milhões de euros ao câmbio actual).
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A empresa estatal russa de gás Gazprom avisou hoje a Moldova de que será forçada a suspender o fornecimento de gás, nas próximas 48 horas, se não receber integralmente o pagamento do combustível recentemente negociado. A Reuters avança que o valor é de 73 milhões de dólares (cerca de 64,6 milhões de euros ao câmbio actual).
De acordo com o porta-voz da Gazprom, Sergei Kuprianov, e segundo os termos previamente acordados, a Moldova tem de “efectuar os pagamentos na íntegra” dentro dos prazos previstos no contrato bilateral, um dos quais termina hoje, 22 de Novembro.
“Por este motivo e respeitando o contrato, a Gazprom informou o lado moldavo da cessação do fornecimento, em 48 horas”, anunciou Kuprianov.
A Moldova começou a receber gás natural da Rússia, em 1 de Novembro, de acordo com o contrato assinado na semana anterior, por um período de cinco anos e que contempla este mês um preço de 450 dólares (cerca de 400 euros) por mil metros cúbicos, segundo a empresa russo-moldava Moldovagaz.
O porta-voz da Gazprom salientou que face à difícil situação financeira do país, a empresa russa de gás concordou em assinar o contrato, aceitando quase todas as condições da Moldova, mas “com um ponto importante” e que consiste no pagamento de 100% do valor acordado.
As autoridades moldavas alegaram anteriormente que o país não podia aceitar o preço do gás proposto pela Gazprom e estava a começar a negociar a compra do combustível com a Ucrânia, Roménia e Polónia, para diversificar as suas fontes de energia.
A crise de escassez de oferta de combustíveis levou a Moldova a declarar estado de emergência em 22 de Outubro, por um período de 30 dias.