Brit Awards abandonam divisão por género nas categorias a prémio
A partir da próxima edição dos prémios da indústria discográfica britânica, deixam de existir as categorias de Melhor Artista Masculino e Melhor Artista Feminina, substituídas por uma categoria única.
A partir do próximo ano, os Brit Awards deixarão de dividir os seus prémios em categorias de género. Na cerimónia marcada para 8 de Fevereiro na O2 Arena de Londres, já não serão anunciados os Brit para Melhor Artista Masculino e Melhor Artista Feminina, nas componentes britânica e internacional, doravante reunidos numa categoria única: Melhor Artista, simplesmente. Os Brit Awards, os prémios da indústria musical britânica seguem o exemplo dado, por exemplo, pelos MTV Awards, que eliminaram a divisão por género em 2017.
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A partir do próximo ano, os Brit Awards deixarão de dividir os seus prémios em categorias de género. Na cerimónia marcada para 8 de Fevereiro na O2 Arena de Londres, já não serão anunciados os Brit para Melhor Artista Masculino e Melhor Artista Feminina, nas componentes britânica e internacional, doravante reunidos numa categoria única: Melhor Artista, simplesmente. Os Brit Awards, os prémios da indústria musical britânica seguem o exemplo dado, por exemplo, pelos MTV Awards, que eliminaram a divisão por género em 2017.
“É importante que os Brits continuem a evoluir e que tenham por objectivo ser o mais inclusivos possível”, declarou em comunicado o director dos Brit Awards e co-presidente da Polydor Records, Tom March, citado pela Reuters. “Sentimos que este é, absolutamente, o tempo certo para celebrar as proezas dos artistas através da música que criam, e do trabalho que fazem, independentemente do seu género.” O objectivo, acentua, “é celebrar os artistas unicamente pelo seu trabalho e pela sua música, e não pela forma como escolhem identificar-se ou como outros possam vê-los”.
Sam Smith, o cantor de Stay with me, que se identifica como não-binário, pedira em Março que os Brit Awards avançassem para a alteração agora confirmada. O autor de Love Goes, que, pelo seu percurso comercial, seria um óbvio candidato aos Brits, argumentou numa publicação nas redes sociais que a sua identidade não-binária não só o impedia de se sentir representado pelas categorias existentes como, na prática, o excluía automaticamente de nomeações que apenas contemplassem os géneros masculino e feminino. “Os Brits sempre foram uma parte importante da minha carreira”, escreveu então, citado agora pela BBC News. “Para mim, a música sempre foi uma questão de união e não de divisão. Aspiro a um tempo em que as galas de prémios sejam um reflexo da sociedade em que vivemos. Vamos celebrar toda a gente, independentemente do género, da raça, da idade, da habilidade, da sexualidade e da classe social.”
Os vencedores dos Brits desde ano foram, enquanto Melhor Artista Masculino, J Hus, e, enquanto Melhor Artista Feminina, Dua Lipa. Na componente internacional, os prémios foram para The Weeknd e Billie Eilish, respectivamente.
Os Grammys, os célebres e influentes equivalentes norte-americanos dos Brits, abandonaram a divisão por género em 2012. Desde essa altura, informa a BBC News, a vitória nas categorias em que a divisão subsistia, Melhor Vocalização Pop, Melhor Vocalização Country e Melhor Vocalização R&B, foi atribuída, em números exactamente iguais, a homens e mulheres.