Líder da JSD apoia Rangel para uma “maioria do centro para a direita”
Alexandre Poço declara o seu apoio a Paulo Rangel na corrida à presidência do partido no próximo sábado.
O líder da JSD, Alexandre Poço, apoia o candidato Paulo Rangel na corrida à liderança do PSD por considerar que o eurodeputado tem as condições para liderar a “nova maioria do centro para a direita”. A política de entendimentos para as legislativas tem marcado o debate público desde que o Orçamento do Estado para 2022 foi chumbado, com Rui Rio e Paulo Rangel a assumirem posições diferentes no que toca a um possível entendimento com o PS.
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O líder da JSD, Alexandre Poço, apoia o candidato Paulo Rangel na corrida à liderança do PSD por considerar que o eurodeputado tem as condições para liderar a “nova maioria do centro para a direita”. A política de entendimentos para as legislativas tem marcado o debate público desde que o Orçamento do Estado para 2022 foi chumbado, com Rui Rio e Paulo Rangel a assumirem posições diferentes no que toca a um possível entendimento com o PS.
A posição de Alexandre Poço foi transmitida em artigo de opinião no PÚBLICO. “No PSD e na escolha que somos chamados a fazer no próximo dia 27 de Novembro, acredito que Paulo Rangel tem as condições, o perfil e a vasta experiência política e profissional para liderar a nova maioria do centro para a direita, uma maioria positiva e reformista que ultrapasse o actual impasse político com um novo Governo e uma nova ambição para Portugal e para os portugueses.”
No mesmo artigo, Alexandre Poço considera que “a socialização da estagnação atingiu o seu auge nos últimos anos com António Costa”. “O país desperdiçou a conjuntura económica e financeira favorável que teve para efectuar reformas significativas que pudessem contrariar o caminho do empobrecimento”, argumenta.
O líder da JSD defende a substituição do “Governo situacionista por um Governo reformista”. E elenca um conjunto de oito alterações que espera possam ser feitas por uma “nova maioria do centro para a direita”. A primeira que refere permitirá construir “um país com efectiva igualdade de oportunidades”. “Um país em que o que alcançamos na vida esteja mais relacionado com o esforço e o trabalho de cada um, e não seja enviesado por um sistema distorcido, onde a cunha, o favor ou a rede de contactos substituam a educação como elevador social”. A mobilidade social foi a bandeira escolhida por Paulo Rangel na corrida à liderança do PSD, contra Rui Rio.
“Se não conseguir uma maioria à direita, era bom o PS estar aberto a negociar comigo”, defendeu o actual líder do PSD numa entrevista ao PÚBLICO, publicada esta sexta-feira.
Nem “boys”, nem gritos
Um dia depois, também em entrevista ao PÚBLICO, o eurodeputado insistiu no pedido de uma maioria absoluta para o PSD, caso venha a sair vencedor das eleições directas de sábado, admitindo uma coligação pós-eleitoral com o CDS e a IL, escusando pronunciar-se sobre mais cenários.
Este sábado, o líder do PSD esteve numa iniciativa do Conselho Estratégico Nacional do partido onde defendeu que, se vier a vencer as eleições internas e as legislativas, não vai nomear “boys” ou “girls” para “a administração pública”, por considerar errado e porque depois podem voltar-se contra si próprio. O candidato voltou a referir-se ao modo de fazer campanha para uma corrida interna com legislativas à porta. “Andar aqui aos gritos a dizer mal dos outros não me parece que seja receita para se ser um bom primeiro-ministro. Dizer muito bem mal dos outros não me parece que é isso que é necessário”, referiu, citado pela Lusa.