Quinta vaga de covid-19 cresce em França de forma “fulgurante”

Média diária de casos duplicou na última semana, quando anteriormente eram necessárias três semanas para que o número de infecções subisse em igual proporção.

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REUTERS/CHARLES PLATIAU

A progressão da quinta vaga da pandemia de covid-19 em França é fulgurante, alertou este domingo o porta-voz do Governo, Gabriel Attal.

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A progressão da quinta vaga da pandemia de covid-19 em França é fulgurante, alertou este domingo o porta-voz do Governo, Gabriel Attal.

“Esta quinta vaga começa de uma forma fulgurante”, disse o responsável a vários meios de comunicação social, citado pela France-Presse.

Nos últimos sete dias, a média de casos diários de covid-19 duplicou, registando 17.153 novas infecções no sábado contra 9.458 no sábado anterior, dia 12. Segundo a agência, o aumento é exponencial, pois anteriormente eram necessárias três semanas para que o número de casos diários subisse em igual proporção.

A questão agora é perceber se, como nas vagas anteriores, o crescimento das infecções levará a um crescimento de hospitalizações. Por enquanto, não é este o caso, o que as autoridades atribuem à vacinação, que continua a ser muito eficaz na prevenção das formas graves da doença.

Quase 75 por cento da população total foi totalmente vacinada em França.

No sábado, 7.974 doentes infectados com covid-19 foram hospitalizados, dos quais 1333 em unidades de cuidados intensivos, contra 6500 e mil, respectivamente, um mês antes.

“Vemos que há um aumento muito forte de infecções, mas também sabemos que em França temos uma cobertura de vacinação muito ampla [e] estamos bastante à frente dos nossos vizinhos no reforço da vacinação”, salientou o porta-voz do Governo, elogiando a implantação, em Julho, do certificado digital, quando a maioria dos países vizinhos de França o fez posteriormente.

Gabriel Attal adiantou que com o certificado digital o Governo assume “esta escolha de impor restrições às pessoas não vacinadas em vez de às pessoas vacinadas”.

Actualmente, uma terceira dose da vacina contra a covid-19 é dada a pessoas com mais de 65 anos e às que têm riscos graves de saúde, passando a dose de reforço a estar disponível em 1 de Dezembro ao grupo etário dos 50 aos 64 anos.