Abri o baú de madeira que vive há anos na sala de casa dos meus pais enquanto procurava uma toalha de mesa bordada por uma das minhas tias. Mas o que encontrei lá dentro foi um vestido de noiva. O vestido que escolhi numa tarde de Primavera. O vestido contrário a tudo o que sempre disse que seria o meu vestido de sonho. Um vestido sem rendas e em que dispensei o véu, mas que, ainda assim, gritava bem alto que há sangue espanhol a correr nas minhas veias. O vestido que o meu padrinho pagou em dinheiro, com rolinhos de notas atados com elásticos que me fizeram corar. O vestido que usei quando o meu pai me conduziu até ao altar, embalados pelo Can’t help falling in love, do Elvis Presley.
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Abri o baú de madeira que vive há anos na sala de casa dos meus pais enquanto procurava uma toalha de mesa bordada por uma das minhas tias. Mas o que encontrei lá dentro foi um vestido de noiva. O vestido que escolhi numa tarde de Primavera. O vestido contrário a tudo o que sempre disse que seria o meu vestido de sonho. Um vestido sem rendas e em que dispensei o véu, mas que, ainda assim, gritava bem alto que há sangue espanhol a correr nas minhas veias. O vestido que o meu padrinho pagou em dinheiro, com rolinhos de notas atados com elásticos que me fizeram corar. O vestido que usei quando o meu pai me conduziu até ao altar, embalados pelo Can’t help falling in love, do Elvis Presley.