Madeira dá uma semana para a população se adaptar às novas medidas

Governo madeirense dá uma semana de adaptação às medidas mais restritivas anunciadas, que vedam a entrada a não-vacinados a restaurantes, ginásios ou cabeleireiros.

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Centro de testes à covid-19 instalado na cidade do Funchal LUSA/HOMEM DE GOUVEIA

Depois de uma manhã de sobressalto, com filas nas farmácias para a realização de testes rápidos (que chegaram a esgotar, em alguns locais), corrida aos centros de vacinação e cancelamento de actividades desportivas para o fim-de-semana, o Governo Regional da Madeira decidiu dar uma semana de transição para a população se adaptar às medidas restritivas anunciadas quinta-feira.

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Depois de uma manhã de sobressalto, com filas nas farmácias para a realização de testes rápidos (que chegaram a esgotar, em alguns locais), corrida aos centros de vacinação e cancelamento de actividades desportivas para o fim-de-semana, o Governo Regional da Madeira decidiu dar uma semana de transição para a população se adaptar às medidas restritivas anunciadas quinta-feira.

“Este período transitório impõe-se, como consequência da previsível adesão maciça da nossa população aos testes de antigénio e às vacinas”, justificou esta sexta-feira de manhã o executivo de Miguel Albuquerque, adiando em uma semana, para as 00h do próximo dia 27 de Novembro, a obrigatoriedade de apresentar cumulativamente o certificado de vacinação e teste antigénio negativo para exercer ou frequentar uma série de actividades como idas a restaurantes, ginásios, cinemas ou cabeleireiros.

“Vivemos um período decisivo que exige de todos nós um grande sentido de responsabilidade e o Governo Regional não hesitará em continuar a tomar as medidas necessárias para a salvaguarda da saúde pública”, lê-se no comunicado da presidência do governo madeirense, que pretende “esclarecer e clarificar” a forma como as medidas, que têm levantado dúvidas em relação à sua constitucionalidade, serão aplicadas.

Assim, e já a partir das 00h deste sábado, as idas a supermercados e mercearias, farmácias e clínicas, igrejas e locais de cultos, bem como o acesso a transportes públicos, serviços de justiça e outros considerados essenciais, só podem ser feitas por quem já estiver sido vacinado (com certificado de vacinação válido) ou com teste antigénio negativo.

O período transitório diz respeito à entrada em actividades desportivas, restaurantes, cabeleireiros, ginásios, bares e discotecas, eventos culturais, cinemas, actividades nocturnas, jogos, casinos e outras actividades similares. O governo madeirense quer exigir à entrada o certificado de vacinação e um teste rápido antigénio, mas para já, apenas será necessário “ou um, ou outro”. Medidas, considera Albuquerque, de “razoabilidade e de bom senso” e que têm por objectivo “conter a expansão da pandemia e manter o controlo da situação sanitária”.

“São imperiosas e necessárias para a contenção da pandemia na região e para a manutenção essencial do controlo das cadeias de transmissão, para preservar o funcionamento da nossa economia e da nossa sociedade, evitando situações de colapso sanitário e social, com consequências gravíssimas”, argumenta.

A Madeira, que quinta-feira registou a 84.ª morte associada à covid-19 e tem 43 pessoas hospitalizadas relacionadas com a doença, sete das quais nos cuidados intensivos, tem tido capacidade de resposta para o número de infecções registadas, mas o “crescimento exponencial” do número de casos e de internamentos, em linha como o que está a acontecer por toda a Europa, “impõe” às autoridades de saúde regionais medidas e procedimentos para a contenção e controlo da pandemia enquanto é tempo.

“O pior que podia acontecer para todos nós seria perdermos a capacidade de controlo e monitorização dos casos de covid 19 e das respectivas cadeias de transmissão, o que levaria inevitavelmente ao colapso do sistema e a novo confinamento geral, como aliás já acontece em alguns países da Europa. Atente-se ao que está a acontecer na Áustria”, lê-se no comunicado do executivo liderado por Miguel Albuquerque.