Tampas de esgoto em Lisboa tornam-se obras de arte
Empresas responsáveis pela iniciativa Há Art no Esgoto querem que as pessoas passem a olhar para onde normalmente não olham: o chão.
No dia em que se celebra o Dia Mundial do Saneamento, instituído pelas Nações Unidas em 2012, 36 tampas de esgoto das ruas de Lisboa foram transformadas em obras de arte. A iniciativa Há Art no Esgoto resulta de uma parceria entre a Águas do Tejo Atlântico e a Saint-Gobain PAM, uma empresa de fabrico e instalação destas caixas de acesso aos esgotos.
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No dia em que se celebra o Dia Mundial do Saneamento, instituído pelas Nações Unidas em 2012, 36 tampas de esgoto das ruas de Lisboa foram transformadas em obras de arte. A iniciativa Há Art no Esgoto resulta de uma parceria entre a Águas do Tejo Atlântico e a Saint-Gobain PAM, uma empresa de fabrico e instalação destas caixas de acesso aos esgotos.
Com esta nova “roupagem” das tampas de saneamento de locais emblemáticos da capital, as empresas pretendem mostrar aos lisboetas e aos turistas a importância da água nas suas diversas vertentes, “como é o caso dos sistemas de saneamento, um serviço essencial para o tratamento de água residual”, referem em comunicado. Em todas as tampas pode-se ler o lema “Recebe, trata e valoriza a água usada”.
Os doze desenhos diferentes gravados a laser nas tampas de esgotos, que têm a autoria do artista plástico Gilberto Gaspar, representam o sítio onde se encontram, como o Parque das Nações, o Terreiro do Paço e o Marquês de Pombal. Gilberto, que actualmente se considera um “urban sketcher”, espera que, com esta iniciativa, as pessoas comecem “a olhar mais para o chão e a pensar no que se passa debaixo dele” e a “dar mais atenção à arte urbana”.
A Águas do Tejo Atlântico gere o sistema multimunicipal de saneamento de águas residuais da Grande Lisboa e Oeste, tratando a água de cerca de dois milhões e meio de pessoas. “O nosso grande desafio é sensibilizar para a importância do saneamento e da reutilização da água”, diz Alexandra Serra, presidente do Conselho de Administração da empresa, ao PÚBLICO.
A presidente da Águas do Tejo salienta ainda que, apesar “de mais de 80% da população em Portugal ser servida com água tratada de forma adequada”, há muitos países que enfrentam “crises sanitárias graves”.