7 dias, 7 fugas: da terra ao convento, vão copos, doces e máscaras
Entre a Festa da Vinha e do Vinho de Arruda dos Vinhos e o Festival da Batata-Doce de Aljezur, há doces e licores conventuais em Alcobaça, movimentos verdes em Faro, Ciclo da Vida no Porto, Som Riscado em Loulé e Mascararte em Bragança.
Sábado, 20: à vinha e ao vinho
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Sábado, 20: à vinha e ao vinho
Arruda dos Vinhos volta a brindar aos néctares da região que mantêm a tradição na produção vitivinícola. Depois de uma edição de 2020 confinada, a Festa da Vinha e do Vinho volta a chamar a si os louros do que de melhor há na terra, montando a banca no Pavilhão Multiusos, entre 19 e 21 de Novembro. Os créditos desta 24.ª edição do certame não se limitam ao cultivo da vinha e aos vários produtores do concelho. Passam também por artesanato, provas, espectáculos, visitas às adegas, desporto e gastronomia – nos cinco restaurantes presentes no recinto e nos 15 que participam na mostra gastronómica que decorre no concelho até ao final do mês. A abertura está marcada para as 19h de sexta; sábado e domingo, as portas abrem às 12h. A entrada custa 2,50€ (gratuita no último dia); o passe, 4€. O programa detalhado está em fvinhaevinho.pt.
Domingo, 21: segredos e outras delícias abençoadas
Entre um segredo de São Bernardo e um licor de ginja, vão cornucópias, pão-de-ló de Alfeizerão, pudim dos frades, compotas, marmeladas, queijadas de Santa Maria e outras doçuras abençoadas. Estão à espera de quem se delicia com a herança do receituário conventual – em particular, a dos monges e monjas de Cister, com raízes em Alcobaça. Enquanto a pandemia não permite regressar ao mosteiro, a Mostra Internacional de Doces e Licores Conventuais volta a adaptar-se, convertendo-se num mapa de 11 “casas alcobacenses com tradição na mostra”, anuncia a organização. A rota está em marcha entre os dias 18 e 21 de Novembro, nos estabelecimentos aqui elencados com as respectivas especialidades.
Segunda, 22: movimentos verdes
Numa mão, uma árvore. Na outra, alegria. São estes os requisitos para participar na Operação Montanha Verde, que volta ao terreno – no caso, o Campus de Gambelas da Universidade do Algarve, em Faro – para plantar cerca de 3500 novas árvores. Fruto de um “bonito movimento de cidadania” e tendo por base “as urgências inerentes às alterações climáticas”, a iniciativa conta com o apoio da autarquia, do Zoomarine, da Região de Turismo do Algarve e da Algar SA. Está marcada para as manhãs dos dias 21 e 22 de Novembro, entre as 9h e as 12h30, e convida voluntários de todas as idades a aderir à causa. Com os “terrenos preparados de antemão”, os interessados devem levar apenas roupa confortável, calçado adequado e motivação para a tarefa. As inscrições são gratuitas e feitas no portal do evento.
Terça, 23: ciclos da vida e outros lugares
Organizada pelo Museu Nacional Soares dos Reis (Porto) em conjunto com o Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, a mostra de pintura Ciclo da Vida procura relacionar as diferentes fases da vida do ser humano e “compreender de onde vimos e para onde vamos”, refere o médico e investigador Manuel Sobrinho Simões no texto de abertura. Comissariada por José da Costa Reis e Paula Oliveira, tem como ponto de partida a alegoria da série Quatro Estações, do século XVII, e um conjunto de oito retratos pertencentes ao espólio do museu, assinados por Marques de Oliveira, João Augusto Ribeiro, José Alberto Nunes e pelos irmãos Carlos Alberto e José Júlio de Sousa Pinto. A exposição marca o arranque do programa de itinerâncias Outros Lugares, que permitirá o acesso às colecções do museu fora do seu espaço formal. Pode ser vista de terça a domingo, das 10h às 18h, até 7 de Janeiro. No dia 23 de Novembro, às 13h30, está agendada uma visita guiada pelos comissários.
Quarta, 24: Som Riscado
Loulé volta a dar cenário para o festival Som Riscado, cuja identidade assenta nos diálogos entre som e imagem e onde arriscar, colaborar e inspirar são verbos que se conjugam no presente para dar corpo ao cartaz. Espalhado por três espaços – Cineteatro Louletano, Convento de Santo António e Auditório do Solar da Música Nova –, o alinhamento dá destaque ao experimentalismo e aos cruzamentos artísticos. Tanto podem ser encontrados na instalação sonora Multicanal Caveira criada por Flávio Martins, como nas pautas dos Contracello, na performance Encode de Yola Pinto e Simão Costa, na Música para Algarvios do Futuro trabalhada por Tiago Pereira e Sílvio Rosado, no concerto ilustrado Azenha (que junta a guitarra de Filho da Mãe à arte visual de Cláudia Guerreiro), nas Travessias de Marta Jardim ou na música de Sensible Soccers e A Garota Não. De 24 a 28 de Novembro, com bilhetes a 5€ (alguns dos espectáculos têm entrada livre) e passes a 25€.
Quinta, 25: máscaras há muitas
As máscaras invadem Bragança entre 25 de Novembro e 6 de Dezembro – não as de protecção, que agora usamos todos os dias, mas as que mantêm vivas as tradições da região, enquanto protagonistas da Mascararte. O ponto alto é o desfile de centenas de mascarados, nos dois lados da fronteira e no centro histórico, a desembocar na Queima do Mascareto, onde música, dança e caretos animarão a festa (dia 27, a partir das 16h). Mas há mais para ver, ouvir e fazer nesta décima edição da bienal, seja um concerto dos Gaiteiros de Lisboa logo na primeira noite, uma mostra de artesãos, conversas, exposições ou um Laboratório de Máscaras para as construir com materiais diversos e usar no próximo Carnaval dos Caretos. O programa completo destas Mascaradas Raianas – o tema deste ano – está alinhado aqui.
Sexta, 26: doce da terra
Cozida, assada ou frita. A vapor ou na chapa. Às rodelas, farripas ou inteira. Com ou sem casca. Em tons alaranjados ou púrpura. São muitas as formas de a apresentar ao palato e outros tantos os benefícios de quem inclui a batata-doce na sua dieta alimentar. Em terras de Aljezur, férteis na renomada e certificada iguaria, dedicam-lhe honras e festas. É o caso do Festival da Batata-Doce, que torna a marcar o passo dos comensais, entre 26 e 28 de Novembro. Em banca, e à prova, estão sacas e petiscos, produtos regionais e animação, numa oferta que se completa nos restaurantes locais, com ementas feitas à medida. As portas estão abertas sexta e sábado, do meio-dia à meia-noite, e domingo, entre as 12h e as 22h.