Nacera Belaza procura a liberdade no infinito

A coreógrafa franco-argelina apresenta L’Onde a 19, no Teatro São Luiz, no âmbito do Festival Alkantara. É uma peça que repete de forma insistente o mesmo gesto, na busca por uma consciência comum.

Foto
Gregory Lorenzutti

L’Onde (A Onda, 2020) parte de uma ideia com que a franco-argelina Nacera Belaza se cruzou na altura em que criava Le Cri (2008). Num daqueles momentos em que uma obra se define, em que segue um caminho e deixa outro para trás, houve uma ideia de movimento repetitivo que Belaza “limpou” da peça em que então trabalhava mas que guardou mentalmente, segura de que naquele pequeno gesto havia uma peça inteira por se revelar. Nesse sentido, explica ao Ípsilon, L’Onde é uma criação que difere um pouco do seu normal processo de trabalho. “Habitualmente, quando começo uma criação”, diz, “gosto de me esvaziar quase por completo e partir das intuições que me foram deixadas pela peça anterior, qualquer coisa que me sugira uma continuidade e que ligue as criações.”

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L’Onde (A Onda, 2020) parte de uma ideia com que a franco-argelina Nacera Belaza se cruzou na altura em que criava Le Cri (2008). Num daqueles momentos em que uma obra se define, em que segue um caminho e deixa outro para trás, houve uma ideia de movimento repetitivo que Belaza “limpou” da peça em que então trabalhava mas que guardou mentalmente, segura de que naquele pequeno gesto havia uma peça inteira por se revelar. Nesse sentido, explica ao Ípsilon, L’Onde é uma criação que difere um pouco do seu normal processo de trabalho. “Habitualmente, quando começo uma criação”, diz, “gosto de me esvaziar quase por completo e partir das intuições que me foram deixadas pela peça anterior, qualquer coisa que me sugira uma continuidade e que ligue as criações.”