Filipinas acusam China de disparar canhões de água contra barcos no mar do Sul da China

O ministro dos Negócios Estrangeiros filipino, Teodoro Locsin, disse ter transmitido a Pequim uma mensagem de “indignação, condenação e protesto” pelo incidente, que ocorreu na terça-feira.

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Barco filipino navega no mar do Sul da China Erik de Castro/Reuters

As Filipinas acusaram esta quinta-feira a guarda costeira chinesa de disparar canhões de água contra embarcações que abasteciam militares filipinos no disputado mar do Sul da China e pediram a Pequim para recuar.

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As Filipinas acusaram esta quinta-feira a guarda costeira chinesa de disparar canhões de água contra embarcações que abasteciam militares filipinos no disputado mar do Sul da China e pediram a Pequim para recuar.

O ministro dos Negócios Estrangeiros filipino, Teodoro Locsin, disse ter transmitido a Pequim uma mensagem de “indignação, condenação e protesto” pelo incidente, ocorrido na terça-feira, quando os barcos filipinos se dirigiam para o atol Second Thomas, nas disputadas ilhas Spratly.

"Felizmente, ninguém ficou ferido, mas os nossos barcos tiveram de interromper a missão de reabastecimento”, disse Locsin, na rede social Twitter, considerando “ilegal o comportamento de três navios chineses que bloqueiam a passagem e disparam canhões de água”.

O ministro descreveu os navios filipinos como “públicos”, sugerindo tratar-se de navios civis, e garantiu estarem cobertos por um pacto de defesa mútua com os Estados Unidos.

"A China não tem o direito de fazer cumprir a lei nestas áreas e arredores”, acrescentou. Pequim “deve ter cuidado e recuar”, salientou Locsin.

As tensões em torno deste mar, rico em recursos naturais, têm vindo a aumentar este ano depois de centenas de embarcações chinesas terem sido avistadas perto do disputado recife de Whitsun, que também faz parte do arquipélago das Spratly.

A China reivindica praticamente todo o mar do Sul da China, área também reivindicada por Brunei, Malásia, Filipinas, Taiwan e Vietname.

Em 2016, um tribunal internacional considerou infundadas as reivindicações históricas apresentadas por Pequim.