Helder Moutinho estreia ao vivo vários originais, a antecipar um novo álbum
Começou em 2019 o processo de criação de um novo disco e agora volta a ele, ao vivo, no CCB, esta sexta-feira, às 19h. É Helder Moutinho, a estrear originais e com convidados.
Helder Moutinho está de volta aos palcos, depois de um interregno ditado pela pandemia. Esta sexta-feira, apresenta-se no Centro Cultural de Belém (CCB), no âmbito do ciclo Há Fado no Cais, que se realiza desde 2012 numa parceria entre o Museu do Fado e o CCB. O concerto realiza-se às 19h, no Grande Auditório, com transmissão em streaming (paga) às 21h30.
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Helder Moutinho está de volta aos palcos, depois de um interregno ditado pela pandemia. Esta sexta-feira, apresenta-se no Centro Cultural de Belém (CCB), no âmbito do ciclo Há Fado no Cais, que se realiza desde 2012 numa parceria entre o Museu do Fado e o CCB. O concerto realiza-se às 19h, no Grande Auditório, com transmissão em streaming (paga) às 21h30.
É também o regresso a um projecto iniciado em Abril de 2019, no qual Helder foi gravando e publicando novos temas em single, vídeo e com uma banda desenhada inédita a acompanhar, temas esses que constituirão o seu próximo álbum. O primeiro foi Nunca parto inteiramente, seguindo-se Atrás dos meus cortinados, Fado da herança, Matas-me e Estrela Mãe, este último lançado por altura do Natal, a poucos meses de ser declarada a pandemia da covid-19.
O novo disco, ainda sem data de edição, virá juntar-se aos cinco que Helder Moutinho já gravou em nome próprio: Sete Fados e Alguns Cantos (1999); Luz de Lisboa (2004); Que fado é este que trago? (2008); 1987 (2013); e O Manual do Coração (2016). Seguiu-se-lhes o espectáculo Escrito no Destino, estreado no Teatro São Luiz e na Casa da Música, a partir do qual Helder Moutinho decidiu iniciar o processo de gravação gradual iniciado em 2019.
Agora, no CCB, ele apresentará ao vivo alguns desses temas e outros originais, como diz ao PÚBLICO: “Vou estrear alguns fados, vou cantar pela primeira vez ao vivo alguns que já gravei, nomeadamente a Dança dos peixes, com letra do João Monge e música do Zeca Medeiros. Depois é logo o Nunca parto inteiramente e Atrás dos meus cortinados, ambos do disco que ainda há-de sair. Vou estrear, no Fado Tango, a letra Vou pedir contas à vida, também do João Monge, que ainda nem sequer foi gravada. Há coisas que vamos aproveitar para gravar ali, no concerto, e que depois podem ser usadas no âmbito do disco, porque sendo as coisas gravadas em vários sítios, alguns também podem ser gravados ali ao vivo no CCB.” Do repertório gravado, o maior enfoque será nos discos 1987 e O Manual do Coração.
Com Helder Moutinho (voz), estarão Ricardo Parreira (guitarra portuguesa), André Ramos (viola de fado), Miguel Silva (viola de fado) e Fernando Araújo (viola baixo). “Tenho alguns convidados, mas não vou anunciar, porque gosto mais de contar como é que foi do que como é que vai ser”, graceja Helder. Mas no texto que escreveu para o comunicado que anuncia o espectáculo, já tinha levantado uma ponta do véu, dizendo que teria, pelo menos, dois: “Uma convidada que não canta, mas encanta com a arte de dizer poesia como ninguém e outra que é definitivamente uma das mais importantes referências vivas que o fado felizmente ainda tem.”