Tempestade na zona de Vancouver mata pelo menos uma pessoa

Há ainda duas pessoas desaparecidas na sequência da tempestade, que foi descrita como “a pior do último século”.

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A tempestade provocou muitas restrições aos transportes numa altura em que há muito trigo a ser levado para ser exportado JESSE WINTER/Reuters

Pelo menos uma pessoa morreu e milhares foram retirados das suas casas, na sequência de chuvas torrenciais, aluimentos de terra e inundações registados nos últimos dias, na província da Colúmbia Britânica, no Canadá.

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Pelo menos uma pessoa morreu e milhares foram retirados das suas casas, na sequência de chuvas torrenciais, aluimentos de terra e inundações registados nos últimos dias, na província da Colúmbia Britânica, no Canadá.

“Foi encontrado o corpo de uma mulher numa derrocada de terras ocorrida na estrada 99 perto de Lillooet, a 250 Km a norte de Vancouver, na segunda-feira de manhã”, disse na terça-feira a polícia do Canadá, em comunicado.

“O número total de pessoas e veículos dados como desaparecidos ainda não foi confirmado”, indicaram as autoridades, acrescentando que as buscas continuam. A agência Reuters aponta para duas pessoas desaparecidas.

Na segunda-feira, os cerca de sete mil habitantes da cidade de Merritt, situada a 300 Km a nordeste de Vancouver, receberam instruções para saírem da zona.

“Esta ordem de evacuação deverá permanecer em vigor durante provavelmente mais de uma semana”, uma vez que as inundações continuam a causar “riscos e danos significativos”, disse o município, na terça-feira.

As inundações levaram à interrupção de “todos os serviços ferroviários de e para o porto de Vancouver”, disse a porta-voz da autoridade portuária local Matti Polychronis. 

O corte afectou ainda o transporte de trigo a partir do Canadá, um dos maiores exportadores de cereais do mundo, numa altura de especial movimento de comboios dos campos para o porto a seguir à colheita, diz a Reuters, isto num ano em que já há menos cereais.

A chuva parou entretanto, mas muitas estradas estão fechadas e as cidades inundadas.

Algumas zonas registaram cerca de 95% da precipitação mensal em 24 horas, disse o meteorologista Armel Castellan, da agência meteorológica canadiana.

“Não tenho dúvidas de que estes eventos estão relacionados com as alterações climáticas, por não terem precedentes”, disse o ministro da Segurança Pública da província, Mike Farnworth, em conferência de imprensa. O ministro dos Transportes da província, Rob Fleming, disse que esta foi “a pior tempestade do último século”.

O primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, afirmou estar “muito preocupado com a situação na Colúmbia Britânica” e salientou que a província terá “os recursos que possa necessitar”.