PCP “não assume como inevitável” a linha circular do Metro de Lisboa

Vereadores comunistas voltam a pedir à câmara que pressione o Governo a travar a obra. Há um ano, a proposta foi aprovada pela oposição, mas o novo presidente defende que o projecto ainda pode ser revisto.

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Metro de Lisboa, em Arroios Daniel Rocha

O PCP ainda não desistiu de travar a construção da nova linha circular do Metro de Lisboa e vai levar a votos, pela segunda vez, uma moção para que a câmara pressione o Governo a suspender a obra. No ano passado, os vereadores comunistas já tinham conseguido fazer aprovar uma moção semelhante contra a vontade de Fernando Medina.

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O PCP ainda não desistiu de travar a construção da nova linha circular do Metro de Lisboa e vai levar a votos, pela segunda vez, uma moção para que a câmara pressione o Governo a suspender a obra. No ano passado, os vereadores comunistas já tinham conseguido fazer aprovar uma moção semelhante contra a vontade de Fernando Medina.

Apesar disso, e da decisão do Parlamento que travava a obra, esta já se iniciou, faltando apenas consignar a empreitada de construção de novos viadutos no Campo Grande. Carlos Moedas disse recentemente ao Correio da Manhã que contava ainda conseguir rever alguns aspectos do projecto.

“Não assumimos como inevitável sequer a concretização das primeiras fases”, diz o vereador João Ferreira. “O que nós propomos é que a câmara tome uma posição de rejeição à linha circular” e que se faça “uma avaliação dos custos, dos benefícios e prejuízos”, explica o comunista.

Na moção – que tem o valor de uma recomendação, caso seja aprovada – os eleitos propõem “a suspensão de todo o processo” e “uma articulação urgente” entre Governo e câmara, definindo como “prioridades” as extensões a Alcântara, a Loures e a Benfica.