Das hip-hop honeys à mão que assina o nome

Na abertura do Festival Alkantara, Cherish Menzo desconstruiu arquétipos em torno da mulher racializada na cultura norte-americana e Clara Amaral reclamou, numa peça intimista e exímia, o poder da transmissão matrilinear.

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Jezebel, da coreógrafa e bailarina holandesa Cherish Menzo, revisita (e desconstrói) estereótipos da mulher racializada BAS DE BROUWER

Uma figura ambígua vestida com um opulento casaco de peles branco que lhe cobre a cabeça e o rosto, um biquíni de látex cor-de-rosa, sapatilhas e longas unhas postiças desliza, pernas nuas, sentada numa bicicleta prateada “lowride”, com movimentos alongados e lentos, ao som de um ritmo abafado, evocando um imaginário hip-hop, mas com dinâmicas estranhas, entre a sedução e a melancolia. É Jezebel, a peça da coreógrafa e bailarina holandesa Cherish Menzo (que reconhecemos de ver como intérprete em peças de Jan Martens ou Boris Charmatz), apresentada em estreia nacional no passado sábado na Blackbox do Centro Cultural de Belém, e uma das obras que abriram o Festival Alkantara, entre outras propostas singulares que pontuaram diversos espaços de Lisboa.

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Uma figura ambígua vestida com um opulento casaco de peles branco que lhe cobre a cabeça e o rosto, um biquíni de látex cor-de-rosa, sapatilhas e longas unhas postiças desliza, pernas nuas, sentada numa bicicleta prateada “lowride”, com movimentos alongados e lentos, ao som de um ritmo abafado, evocando um imaginário hip-hop, mas com dinâmicas estranhas, entre a sedução e a melancolia. É Jezebel, a peça da coreógrafa e bailarina holandesa Cherish Menzo (que reconhecemos de ver como intérprete em peças de Jan Martens ou Boris Charmatz), apresentada em estreia nacional no passado sábado na Blackbox do Centro Cultural de Belém, e uma das obras que abriram o Festival Alkantara, entre outras propostas singulares que pontuaram diversos espaços de Lisboa.