PS vale tanto sozinho como PSD, CDS, Chega e IL juntos
A sondagem mais recente atribuiu a vitória nas legislativas ao PS (se se realizassem agora), mas mostra a popularidade do primeiro-ministro a descer.
Faltam 78 dias para as eleições legislativas mas, se elas acontecessem hoje, o PS seria o partido mais votado e ficaria a 14 pontos do segundo classificado: o PSD (26%). É pelo menos esse o resultado do mais recente estudo de opinião do ISCTE/ICS, publicado no Expresso deste sábado. Já os sociais-democratas ficam a 16 pontos do terceiro partido, o Chega (com 10%) que por sua vez fica a quatro pontos de distância do seguinte: o PCP (6%). A partir daí, as distâncias são mais esbatidas: o Bloco surge com 5% das intenções de voto, o PAN e a IL com 2% e o CDS com 1%, no final da lista.
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Faltam 78 dias para as eleições legislativas mas, se elas acontecessem hoje, o PS seria o partido mais votado e ficaria a 14 pontos do segundo classificado: o PSD (26%). É pelo menos esse o resultado do mais recente estudo de opinião do ISCTE/ICS, publicado no Expresso deste sábado. Já os sociais-democratas ficam a 16 pontos do terceiro partido, o Chega (com 10%) que por sua vez fica a quatro pontos de distância do seguinte: o PCP (6%). A partir daí, as distâncias são mais esbatidas: o Bloco surge com 5% das intenções de voto, o PAN e a IL com 2% e o CDS com 1%, no final da lista.
O estudo foi feito em dois momentos distintos — antes e depois do chumbo do Orçamento do Estado para 2022 — com o objectivo de avaliar o impacto desta decisão política. A conclusão mais forte, segundo o semanário, é uma: “A rejeição do Orçamento para 2022 provocou uma mudança clara nas intenções de voto em dois partidos, fazendo descer a CDU em três pontos e originando uma subida do Chega em quatro pontos”, lê-se no Expresso. No lado oposto, o das perdas, estão o Bloco de Esquerda e a CDU. Já o PS pode ter também beneficiado ligeiramente.
A sondagem feita para o Expresso e a SIC incluiu 315 entrevistas presenciais feitas entre os dias 21 e 25 de Outubro e 485 elaboradas entre 26 de Outubro e 1 de Novembro. Pelo meio, realizou-se o debate parlamentar que culminou com o chumbo do OE, no dia 27.
Além dos resultados dos partidos, o estudo avalia também a prestação dos líderes e, neste capítulo, as notícias não são boas para António Costa. O primeiro-ministro e líder do PS atinge neste mês a sua marca mais baixa, caindo para 5,4 (tinha 6,2 na sondagem anterior) numa escala de zero a dez. Segue-se Rui Rio (PSD), com uma avaliação média de 4,3.
No momento em que esta sondagem foi feita e é divulgada, o PSD está em processo de disputa interna, com eleições marcadas para o dia 27 de Novembro, da qual ainda não se sabe quem sairá vencedor para ir a votos a 30 de Janeiro: se Rui Rio, se Paulo Rangel. Essa incógnita, assim como o facto de o trabalho de campo ter sido feito muito em cima do início da crise política, obriga a relativizar as conclusões do estudo de opinião.
Marcelo Rebelo de Sousa continua a ser a figura com a avaliação mais elevada: 7,1 pontos.
O trabalho de campo decorreu entre os dias 21 de Outubro e 1 de Novembro de 2021 e foi realizado pela GfK Metris. A sondagem foi coordenada por uma equipa do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa (ICS-ULisboa) e do ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-IUL). Foram realizadas 2997 tentativas de contacto para obter 800 entrevistas válidas. A margem de erro máxima é de +/- 3,5%, com um nível de confiança de 95%.