A vulnerabilidade da Europa
A crise humanitária nas fonteiras da Polónia e da Lituânia com a Bielorrússia mostra duas perigosas vulnerabilidades da Europa, as migrações e a dependência energética da Rússia. E mostra a dificuldade de fazer frente à chantagem de um pequeno Estado autoritário e a uma tentativa de violar as suas fronteiras.
Comecemos por um acto de delinquência internacional. Ao transformar-se em traficante de seres humanos, a Bielorrússia de Alexandre Lukashenko torna-se num “estado gangster”. Desde o Verão que aviões da Belavia, companhia aérea bielorrussa, transportam para Minsk imigrantes sobretudo do Médio Oriente - com destaque para sírios, iraquianos, jordanos e libaneses - com a promessa de os fazer entrar na Europa de Schengen através da Polónia e da Lituânia. Este jogo é tão mais sórdido quanto passa pelo consulado bielorrusso de Beirute que fornece aos candidatos à migração um “papel”, que dá a ilusão da legalidade e de ser um visto para a Europa. Minsk instrumentaliza e ludibria os migrantes. Faz deles uma espécie de “carne para canhão”.
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Comecemos por um acto de delinquência internacional. Ao transformar-se em traficante de seres humanos, a Bielorrússia de Alexandre Lukashenko torna-se num “estado gangster”. Desde o Verão que aviões da Belavia, companhia aérea bielorrussa, transportam para Minsk imigrantes sobretudo do Médio Oriente - com destaque para sírios, iraquianos, jordanos e libaneses - com a promessa de os fazer entrar na Europa de Schengen através da Polónia e da Lituânia. Este jogo é tão mais sórdido quanto passa pelo consulado bielorrusso de Beirute que fornece aos candidatos à migração um “papel”, que dá a ilusão da legalidade e de ser um visto para a Europa. Minsk instrumentaliza e ludibria os migrantes. Faz deles uma espécie de “carne para canhão”.