Obra perfeita de Mbappé leva França ao Qatar
Também a Bélgica garantiu neste domingo o apuramento para o Mundial 2022, mas a noite foi de Mbappé, com quatro golos e uma assistência.
Para a França, a noite deste sábado trouxe vitória, goleada, desempenho de gala, umas pinceladas de arte e, acima de tudo, qualificação garantida para o Mundial 2022, no Qatar. Para Kylian Mbappé, a noite trouxe um golo em ataque posicional, dois em contra-ataque, um de jogo aéreo e ainda uma assistência, sendo o primeiro francês a fazer um hat-trick num jogo oficial nos últimos 36 anos e o primeiro a fazer um póquer deste 1958. Tudo isto se passou em dia de homenagem às vítimas do ataque terrorista de 13 de Novembro de 2015, em Paris.
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Para a França, a noite deste sábado trouxe vitória, goleada, desempenho de gala, umas pinceladas de arte e, acima de tudo, qualificação garantida para o Mundial 2022, no Qatar. Para Kylian Mbappé, a noite trouxe um golo em ataque posicional, dois em contra-ataque, um de jogo aéreo e ainda uma assistência, sendo o primeiro francês a fazer um hat-trick num jogo oficial nos últimos 36 anos e o primeiro a fazer um póquer deste 1958. Tudo isto se passou em dia de homenagem às vítimas do ataque terrorista de 13 de Novembro de 2015, em Paris.
Seja pelo prisma colectivo da selecção, pelo individual de Mbappé ou pelo emocional da homenagem, tudo foi perfeito para a França, que bateu o Cazaquistão por 8-0, em Paris, garantindo que mais ninguém possa chegar ao primeiro lugar do grupo D. Cabe agora à Finlândia (11 pontos) e à Ucrânia (nove) decidirem quem vai ao play-off, sendo que os escandinavos recebem a França e a armada de Kiev vai à Bósnia.
Nesta França, tem havido dificuldades em conciliar Griezmann, Mbappé e um outro avançado, sem que haja a necessidade de abdicar de um criativo. Mas Didier Deschamps parece já ter encontrado forma de o fazer. Num 3x4x3, colocou Coman e Théo Hernández nas alas, deixando Griezmann, Mbappé e Benzema em permanente movimentação.
E ter estes três jogadores, mais dois alas como Hernández e Coman – tudo isto suportado por Kanté e Rabiot –, é um luxo ofensivo a que poucas equipas do mundo resistiriam. E quando o adversário se chama Cazaquistão o cenário é ainda mais negro.
Em Paris, tudo foi fácil e, sobretudo, feito com uma tremenda naturalidade. Aos 6’, Benzema inventou a jogada que permitiu a Hernández servir uma finalização de Mbappé, de pé direito.
Aos 12’, uma transição permitiu a Coman oferecer o golo a Mbappé, que ainda viria a cabecear com sucesso, aos 32’, novamente com passe do ala do Bayern – em grande forma nesta temporada, tal é a facilidade em desequilibrar no um contra um.
Fechado o capítulo Mbappé, veio o capítulo Benzema. O avançado do Real Madrid marcou aos 55’ e 59’, cravando o punhal ainda mais fundo na frágil selecção cazaque. Depois, era conforme quisessem os franceses. Com os mesmos jogadores em campo, talvez o cenário ficasse como estava, até pelos minutos de jogo “morno”.
Com sangue fresco trazido por jogadores a quererem mostrar serviço, o panorama poderia piorar para o Cazaquistão – e piorou mesmo. Tchouameni e Diaby trouxeram mais energia e dinâmica e ainda houve tempo para um golo anulado, aos 73’, um a contar, aos 75’ (marcou Rabiot) e um penálti convertido por Griezmann, aos 84’.
Houve ainda o quarto golo de Mbappé, aos 88’, e, no minuto seguinte, o momento pelo qual todos ansiavam: a substituição do francês, que recebeu uma ovação em pé.
Bélgica também no Mundial
Desta noite de qualificação europeia houve mais um apurado. A Bélgica só precisava de vence o seu jogo e fê-lo. O trabalho belga foi feito por 3-1, frente à Estónia, com golos de Benteke (11’), Carrasco (53’) e Thorgan Hazard (72’),
Neste contexto, ficou para segundo plano a goleada do País de Gales, por 5-1, frente à Bielorrússia. Os galeses já não podem qualificar-se directamente, mas têm garantida a presença no play-off.
Já os Países Baixos precisavam de vencer e aproveitar um tropeção da Noruega frente à frágil Letónia, mas tudo correu ao contrário do previsto. Primeiro, em Oslo, o Estádio de Ullevaal quase veio abaixo quando Mohamed Elyounoussi colocou a bola dentro das redes da Letónia, aos 80’, mas o gelo regressou às bancadas instantes depois, com o golo a ser anulado pelo VAR. Isto era música para os ouvidos neerlandeses, que só precisavam de não falhar na viagem a Podgorica. Mas falharam.
O jogo começou com dois golos de Memphis Depay e tudo parecia estar encaminhado, mas Vujkotic e Vujnovic, aos 82’ e 86’, roubaram à selecção dos Países Baixos um triunfo que a colocaria desde já no Mundial 2022.
Para quem gosta de emoção até ao último minuto, este desfecho foi positivo. No grupo E, Países Baixos, Turquia e Noruega ainda podem carimbar na última jornada a passagem directa ao Mundial. Há Países Baixos-Noruega e Montenegro-Turquia, com neerlandeses a irem com 20 pontos e turcos e noruegueses com 18.