Vijay Iyer: Jazz com consciência política e em diálogo com o mundo no Guimarães Jazz
No arranque da sua 30.ª edição, o festival (a decorrer desta quinta-feira a 20 de Novembro) apresenta o novo trio do pianista norte-americano, acompanhado por Linda May Han Oh e Tyshawn Sorey. Jazz com consciência política e em diálogo com o mundo.
Na capa de Uneasy, vemos a imagem de uma Estátua da Liberdade em fundo, distante, inacessível, com nuvens estranhamente acima e abaixo daquele monumento plantado ao largo de Nova Iorque. Vijay Iyer, um dos nomes maiores do jazz contemporâneo, estava a passar a pente fino com Manfred Eicher, editor da histórica ECM, hipóteses para a gravação que realizara em trio com Linda May Han Oh e Tyshawn Sorey, quando se fixou nesse instante captado pelo fotógrafo coreano Woong Chul An. Aquilo que o agarrou de imediato foi a ambiguidade de uma imagem pouco nítida, “habitualmente usada como símbolo patriótico da América, mas que aqui não é exactamente celebratória, é ambivalente e angustiante”, explica o pianista ao PÚBLICO. A ideia de uns Estados Unidos enquanto terra de oportunidade e liberdade aparece portanto desfocada, enevoada, longínqua. E Iyer arrisca mesmo que, representada nesta imagem, lhe provoca alguma náusea.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Na capa de Uneasy, vemos a imagem de uma Estátua da Liberdade em fundo, distante, inacessível, com nuvens estranhamente acima e abaixo daquele monumento plantado ao largo de Nova Iorque. Vijay Iyer, um dos nomes maiores do jazz contemporâneo, estava a passar a pente fino com Manfred Eicher, editor da histórica ECM, hipóteses para a gravação que realizara em trio com Linda May Han Oh e Tyshawn Sorey, quando se fixou nesse instante captado pelo fotógrafo coreano Woong Chul An. Aquilo que o agarrou de imediato foi a ambiguidade de uma imagem pouco nítida, “habitualmente usada como símbolo patriótico da América, mas que aqui não é exactamente celebratória, é ambivalente e angustiante”, explica o pianista ao PÚBLICO. A ideia de uns Estados Unidos enquanto terra de oportunidade e liberdade aparece portanto desfocada, enevoada, longínqua. E Iyer arrisca mesmo que, representada nesta imagem, lhe provoca alguma náusea.