Rio vai concentrar-se na função de presidente do PSD e afastar-se da disputa interna

Líder do PSD diz que não participará em debates com o adversário Paulo Rangel.

Foto
Líder social-democrata diz que não fará campanha interna Sergio Azenha

Rui Rio revelou que vai concentrar-se nas funções de presidente do PSD e não na disputa interna, com vista a ganhar as próximas legislativas de 30 de Janeiro. A posição foi assumida esta terça-feira à tarde, em conferência de imprensa, no Porto. 

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Rui Rio revelou que vai concentrar-se nas funções de presidente do PSD e não na disputa interna, com vista a ganhar as próximas legislativas de 30 de Janeiro. A posição foi assumida esta terça-feira à tarde, em conferência de imprensa, no Porto. 

"Entendi que a minha obrigação é concentrar a minha actividade nas funções de presidente do partido, seja na oposição a António Costa seja na campanha eleitoral”, afirmou. 

The partial view '~/Views/Layouts/Amp2020/NOTICIA_SUBNOTICIA.cshtml' was not found. The following locations were searched: ~/Views/Layouts/Amp2020/NOTICIA_SUBNOTICIA.cshtml
NOTICIA_SUBNOTICIA

Com eleições internas marcadas para o dia 27 deste mês, nas quais tem Paulo Rangel como adversário, Rui Rio adiantou que vai “preparar o programa eleitoral para as legislativas, ouvir pessoas e preparar uma campanha eficaz de marketing e comunicação”. “Para tudo isto é preciso tempo e disponibilidade”, afirmou, revelando que será a sua direcção de campanha interna que organizará essa disputa eleitoral. 

“Mas eu potencialmente vou dedicar-me apenas a posições políticas na oposição ao PS. Espero reforçar a posição do PSD nas eleições nacionais”, disse, adiantando que fará apenas contactos com militantes na Região Autónoma da Madeira, onde não teve a oportunidade de estar na recente campanha autárquica. 

O líder do PSD considera que os militantes o “conhecem há muitos anos” e que “estão capazes de avaliar quem é que neste momento tem melhores condições para derrotar António Costa”. “Serei muito mais útil ao meu partido e ao meu país se em vez de me dedicar a uma disputa interna, dedicar o meu trabalho ao reforço do PSD na sociedade a tão escasso tempo das legislativas”, argumentou. 

Rui Rio não quis responder a perguntas sobre a entrevista do primeiro-ministro, nesta segunda-feira à noite na RTP1, nomeadamente sobre a intenção de vir a dialogar com o PSD depois das legislativas, mas considerou que António Costa esteve a “fazer campanha eleitoral” e que, como líder do PSD, quer fazer o mesmo.

Rio afasta debates com Rangel

O presidente dos sociais-democratas referiu, contudo, que dará “entrevistas” e que fará “acções de campanha” embora sem especificar quais. Já a participação em debates televisivos com Paulo Rangel está fora de causa. “Acho que os debates, num momento em que estamos em cima de legislativas, podem ser prejudiciais para o partido”, justificou, lembrando que os duelos entre António Costa e António José Seguro, em 2014, “foram muito maus para o PS”. Questionado sobre se tem receio dos debates, Rui Rio rejeitou essa ideia, mas voltou a dizer que o período até às legislativas “é muito importante”. “Não podemos deixar António Costa à solta, no bom sentido”, afirmou. 

Questionado sobre a intenção de o seu adversário social-democrata também falar para o país nesta campanha interna, Rui Rio respondeu com a sua função actual. “Paulo Rangel não é presidente do partido. Eu sou. Se eu não fizer isto, o PSD não está preparado para ir a eleições”, afirmou, referindo que vai preparar o programa eleitoral para as legislativas embora lembre que há já trabalho feito pelo conselho estratégico nacional. 

“Matéria por matéria, tudo isto tem de ser visto à lupa. Quero fazer um programa eleitoral com competência para não chegar ao Governo e fazer como os outros – ‘ele prometeu e não fez’. É isso que eu vou fazer”, reforçou.