A política precisa de portas entreabertas
Num momento em que as sondagens continuam a expor as dificuldades de um sistema partidário fragmentado, espera-se que os dois blocos políticos que representam mais de 70% dos votos dos cidadãos não ergam entre si muros intransponíveis.
Não é difícil prever o programa com que o Bloco ou o PCP se vão apresentar às legislativas de Janeiro, nem o do PAN, nem o da Iniciativa Liberal. Se há um mistério no ar, ele está do lado dos dois principais partidos, o PS e o PSD. Claro que os socialistas e António Costa insistirão na necessidade de defender o Estado social. Mas não sabemos se defenderá as medidas que desenhou para tentar obter o apoio do Bloco e do PCP nas negociações do Orçamento. Claro que o PSD, ganhe Rui Rio ou Paulo Rangel, insistirá na necessidade de políticas para estimular a iniciativa privada, mas não sabemos se abdicará de prometer reforços na protecção da função pública.
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Não é difícil prever o programa com que o Bloco ou o PCP se vão apresentar às legislativas de Janeiro, nem o do PAN, nem o da Iniciativa Liberal. Se há um mistério no ar, ele está do lado dos dois principais partidos, o PS e o PSD. Claro que os socialistas e António Costa insistirão na necessidade de defender o Estado social. Mas não sabemos se defenderá as medidas que desenhou para tentar obter o apoio do Bloco e do PCP nas negociações do Orçamento. Claro que o PSD, ganhe Rui Rio ou Paulo Rangel, insistirá na necessidade de políticas para estimular a iniciativa privada, mas não sabemos se abdicará de prometer reforços na protecção da função pública.