Max Stahl (1954-2021) e Timor-Leste, um amor correspondido

Chegou para fazer um filme e recusou partir até sentir que estava feito. Havia uma barbárie a acontecer mas faltavam imagens. Uma manifestação sem ninguém a assistir pareceu-lhe “espantoso”: ficou conhecida como massacre de Santa Cruz e Max Stahl estava lá.

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Max Stahl não se limitou a filmar o massacre de Santa Cruz. Enterrou as cassetes junto a uma campa e consegui fazê-las sair de Timor para que chegassem às televisões de todo o mundo

A história de Timor-Leste tem muitos heróis. Alguns morreram sem ver contados os boletins de voto no referendo de 30 de Agosto de 1999. Outros sobreviveram para assistir à proclamação formal da independência, a 20 de Maio de 2002, e assumir o poder, perdendo assim a aura que a política sempre rouba aos resistentes. Entre uns e outros, há um nome, consensual como poucos, de alguém que nem nasceu timorense nem foi guerrilheiro: Max Stahl, o jornalista que filmou um massacre e obrigou o mundo a ver a barbárie da ocupação indonésia, dando com isso uma força inédita à causa da independência.

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A história de Timor-Leste tem muitos heróis. Alguns morreram sem ver contados os boletins de voto no referendo de 30 de Agosto de 1999. Outros sobreviveram para assistir à proclamação formal da independência, a 20 de Maio de 2002, e assumir o poder, perdendo assim a aura que a política sempre rouba aos resistentes. Entre uns e outros, há um nome, consensual como poucos, de alguém que nem nasceu timorense nem foi guerrilheiro: Max Stahl, o jornalista que filmou um massacre e obrigou o mundo a ver a barbárie da ocupação indonésia, dando com isso uma força inédita à causa da independência.