Apreendidas na noite do Porto 35 colunas de som por violação da lei do ruído

O fenómeno tem marcado o regresso da vida nocturna em Lisboa e no Porto: grupos de amigos saem à noite com as suas próprias colunas de som portátil, escolhem a música no telemóvel e começam a festa plena rua.

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Este novo fenómeno nas noites de Lisboa e no Porto está a preocupar as autoridades NUNO FERREIRA SANTOS

Cerca de 35 colunas de som portáteis foram apreendidas nos últimos cinco fins-de-semana em zonas de animação nocturna do Porto, por perturbação do descanso dos moradores, violando a Lei do Ruído, revelou este domingo a Polícia Municipal.

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Cerca de 35 colunas de som portáteis foram apreendidas nos últimos cinco fins-de-semana em zonas de animação nocturna do Porto, por perturbação do descanso dos moradores, violando a Lei do Ruído, revelou este domingo a Polícia Municipal.

“É o culminar de um conjunto de operações policiais, realizadas conjuntamente pela Polícia Municipal e pela PSP, para conter este novo fenómeno, que está a assolar os grandes centros urbanos”, traduzido na utilização de colunas de som portáteis, no meio da rua, para animar festas ao ar livre, “sem qualquer observância pela Lei do Ruído”, segundo as autoridades municipais.

Tudo começou quando as discotecas fecharam devido à covid-19 e persistiu após a reabertura dos estabelecimentos, motivando “recorrentes reclamações de moradores que se vêem privados do seu direito ao descanso”. Um grupo traz uma coluna de som portátil, escolhe a música no telemóvel e começa a festa plena rua. Multiplica-se por muitos grupos e obtém-se o fenómeno que tem marcado o regresso da vida nocturna em Lisboa e no Porto.

Em declarações à agência Lusa, o comandante da Polícia Municipal, Leitão da Silva, disse que a “esmagadora maioria” das colunas foi apreendida, no âmbito de uma operação com o nome de código “Bluetooth”, entre as 23h00 e as 4h00 ou 5h00 da madrugada, sobretudo nas zonas da Cordoaria, Virtudes e Galeria de Paris, no centro da cidade do Porto.

Os autos de contra-ordenação levantados podem traduzir-se em coimas num mínimo de 150 euros e as colunas podem ser declaradas perdidas a favor do Estado, assinalou a fonte.

Leitão da Silva sublinhou a grande facilidade com que hoje se pode produzir ruído na via pública para além do legalmente permitido.

“Basta para tal uma coluna, e algumas têm autonomia até 18 horas, ligando-lhe um telemóvel, pelo sistema bluetooth. E em alguns casos até se pode fazer ligações em série”, afirmou.

Outros detalhes da operação “Bluetooth” vão ser fornecidos ainda hoje numa conferência de imprensa do presidente da Câmara, Rui Moreira, e do comandante Leitão da Silva.