Filipa Soares criou as BeautyVans, um salão de beleza sobre rodas
Através de uma parceria com a Mercedes e a L’Oréal, estas carrinhas não só se apresentam como salões sobre rodas, mas também são uma oportunidade “economicamente atractiva” para os profissionais da área
Foi em 2017 que Filipa Soares criou a empresa Vanytime, uma plataforma onde os clientes podem encontrar facilmente profissionais de estética. Agora, a empresária lança-se num negócio sobre rodas, as BeautyVans, umas carrinhas que, numa parceria com a Mercedes e a L'Oréal, podem ser o local para os profissionais usarem, em vez de terem uma loja física. O projecto é apresentado neste sábado, em Lisboa.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Foi em 2017 que Filipa Soares criou a empresa Vanytime, uma plataforma onde os clientes podem encontrar facilmente profissionais de estética. Agora, a empresária lança-se num negócio sobre rodas, as BeautyVans, umas carrinhas que, numa parceria com a Mercedes e a L'Oréal, podem ser o local para os profissionais usarem, em vez de terem uma loja física. O projecto é apresentado neste sábado, em Lisboa.
A empresária, licenciada em Economia pela Universidade Católica do Porto, trabalhava na área financeira, enquanto auditora, mas o seu caminho profissional acabaria por se cruzar com a beleza, quando criou a Vanytime. “Foi mais por uma necessidade pessoal”, conta ao PÚBLICO. Então, saia do trabalho demasiado tarde, encontrando tudo fechado, por isso, teve a ideia de criar uma plataforma onde os profissionais da estética e os clientes pudessem encontrar-se. “Começou como uma brincadeira, mas a brincadeira cresceu muito rápido e criámos um monstro”, ri-se. Em pouco tempo, a plataforma contava com mais de 200 parceiros entre cabeleireiros, hotéis, esteticistas e maquilhadores. Filipa Soares acabaria por se despedir do seu trabalho, para se dedicar a tempo inteiro a analisar o mercado da beleza e bem-estar, quando se apercebeu do quão fragmentado é. “Há imensos players, mas não há uma relação entre eles, não se fazem cooperativas como acontece no estrangeiro e não se ajudam a crescer uns aos outros”, lamenta.
Por isso, lembrou-se de criar as BeautyVans. Através de uma parceria com a Mercedes e a L'Oréal, estas carrinhas não só se apresentam como salões sobre rodas, em que se pode ter acesso aos mais variados serviços de beleza — arranjar o cabelo, as unhas, fazer a depilação ou uma massagem —, mas também são uma oportunidade “economicamente atractiva” para os profissionais da área, que não tem de se preocupar com rendas ou outras despesas que teriam num salão tradicional, assegura. “O meu foco é a ligação aos profissionais, queremos dar-lhes a possibilidade de crescerem e apostar naqueles que são realmente bons naquilo que fazem. E, eu, que sei como gerir um negócio, ajudo na parte burocrática ou de marketing”, afiança.
Apesar de o conceito ser agora apresentado, as BeautyVans — totalmente autónomas com um gerador e depósitos de água — só vão começar a percorrer as estradas portuguesas no início do próximo ano. Para já, está prevista uma frota de 20 viaturas e que contará com 60 a 80 profissionais devidamente credenciados e com toda as licenças necessárias. Quanto, aos clientes, estes podem fazer as marcações através da plataforma da Vanytime, indicando a data, a hora e o local onde querem ser atendidos. Tal como um Uber, a carrinha vai ter ao sítio combinado e o seu trajecto pode ser acompanhado por GPS em tempo real.
As carrinhas podem ser ainda uma aposta para a área de corporate, por exemplo, trabalhando com as empresas que queiram disponibilizar os serviços de relaxamento ou bem-estar aos seus colaboradores, seja em eventos ou até como parte da rotina laboral, sugere a empresária.
Podendo ser encarada por muitos como uma forma diferente e atípica para arranjar as unhas ou fazer as sobrancelhas, para Filipa Soares este é o futuro. “Se olharmos pela nossa janela de casa, vemos pelo menos dois ou três cabeleireiros quase ao lado uns dos outros. Isto, mais cedo ou mais tarde, vai acabar porque o próprio mundo está a mudar”, defende, argumentando que estes serviços se adequam a quem tem falta de tempo.
Texto editado por Bárbara Wong