O caçador de búfalos que espantou os indígenas e a gentrificação que está a descaracterizar o Porto

No espectáculo Buffalo Bill, que leva ao Teatro Rivoli na sexta-feira e no sábado, Paulo Mota tenta dessacralizar o conhecido ícone do faroeste americano — e usar a sua história para falar sobre o que está a acontecer na sua cidade.

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Nelson Garrido

O FC Porto está a perder, ouve-se na rádio. “Está a perder” não chega: está a ser absolutamente triturado. Em casa, ainda por cima. 0-4, vence confortavelmente a equipa adversária. Onde está o instinto matador de Mehdi Taremi, objectivamente o melhor atacante do nosso campeonato? O que é feito da magia de Luis Díaz, que por norma faz a vida negra a todos os defesas que, aparentemente em vão, tentam dificultar a sua tarefa? Este não é o dia dos “dragões”, que mal conseguem sair do seu meio-campo. Que exibição péssima, que prestação sofrível. A partida está a ser tão vergonhosa que, comenta um dos jornalistas presentes no estádio, há adeptos que vão até mudar de casa. Dizem que isto é demasiado humilhante e que têm de procurar outra cidade.

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