Eis, pois, que o país, submergindo a uma repentina crise de liquidez, abre e fecha a boca qual peixe de aquacultura, espantado ainda com o que alguns classificam como uma aposta de génio do primeiro-ministro que, de uma assentada, teria esfrangalhado o CDS, deixado a oposição à esquerda a volutear à nora e o PSD a escadeirar-se — brandindo uns o “interesse nacional” de Rui Rio e outros os “brocardos latinos” de Rangel —, quase um royal flush, diríamos, não fora a melhor mão do póquer ainda ter de ir a eleições e os portugueses tenderem a ser jogadores cautelosos ao contrário dos americanos do Oeste, apostadores sem freio, se assim se pode concluir deste episódio lembrado por Bill Bryson no livro Made in America: “Mark Twain conta a história de um homem do Oeste que vinha dar à viúva de Jo Toole a notícia da sua morte: ‘O Joe Toole vive aqui?’ e, quando a viúva respondeu que sim, ele disse: ‘Quanto aposta que não?’”.
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Eis, pois, que o país, submergindo a uma repentina crise de liquidez, abre e fecha a boca qual peixe de aquacultura, espantado ainda com o que alguns classificam como uma aposta de génio do primeiro-ministro que, de uma assentada, teria esfrangalhado o CDS, deixado a oposição à esquerda a volutear à nora e o PSD a escadeirar-se — brandindo uns o “interesse nacional” de Rui Rio e outros os “brocardos latinos” de Rangel —, quase um royal flush, diríamos, não fora a melhor mão do póquer ainda ter de ir a eleições e os portugueses tenderem a ser jogadores cautelosos ao contrário dos americanos do Oeste, apostadores sem freio, se assim se pode concluir deste episódio lembrado por Bill Bryson no livro Made in America: “Mark Twain conta a história de um homem do Oeste que vinha dar à viúva de Jo Toole a notícia da sua morte: ‘O Joe Toole vive aqui?’ e, quando a viúva respondeu que sim, ele disse: ‘Quanto aposta que não?’”.