Rio vai tentar “comprimir” prazos das directas e do congresso em “uma ou duas semanas”
O presidente do PSD revelou, em entrevista à TVI, que vai tentar “comprimir” os prazos da directas e do congresso e assim garantir melhores condições ao partido para disputar as legislativas antecipadas para 30 de Janeiro.
O presidente do PSD e recandidato anunciou na noite desta quinta-feira que vai “tentar comprimir” os prazos das eleições directas e do congresso do partido para diminuir o tempo que o PS tem “a seu favor” para as legislativas de 30 de Janeiro.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
O presidente do PSD e recandidato anunciou na noite desta quinta-feira que vai “tentar comprimir” os prazos das eleições directas e do congresso do partido para diminuir o tempo que o PS tem “a seu favor” para as legislativas de 30 de Janeiro.
Em entrevista à TVI, Rui Rio voltou a defender que para ser “como devia ser”, o PSD devia estar “sem tumultos internos, todos unidos, todos focados para derrotar o PS em Janeiro”. O partido devia aproveitar os meses de Novembro, Dezembro e Janeiro para essa tarefa, sustentou.
“Estão a dizer que, se fizer isso, se suspende a democracia e que tenho medo de eleições. Então, vou fazer um exercício – não sei se consigo, vamos ver se consigo – de comprimir isto tudo, directas e congresso. Se se ganhar uma ou duas semanas é tempo que tiramos ao PS, a nosso favor”, defendeu.
As eleições directas do PSD estão marcadas para 4 de Dezembro e o congresso agendado para entre 17 e 19 de Janeiro, mas com uma proposta para o antecipar para entre 14 e 16 de Dezembro – de apoiantes do seu adversário interno Paulo Rangel –, que será votada no próximo sábado no conselho nacional que terá lugar em Aveiro.
Nesta entrevista, o líder social-democrata voltou a sustentar a inoportunidade desta disputa interna, isto depois de no passado fim-de-semana ter pedido aos militantes uma "reflexão" sobre se se justifica fazer nesta fase a clarificação interna. Já na tarde desta quinta-feira, Rio lembrou que ao contrário do momento em que pediu pela primeira vez o adiamento das directas, agora a crise "é real".
Rio diz estar numa “missão” e garante por isso mesmo está a tentar evitar a “balbúrdia” que considera decorrer do processo de disputa interna. “Estou numa missão e tenho obrigações. Estou conscientemente a chamar a atenção para a balbúrdia que vai ser. Estou a pedir para ponderarem”, afirmou.
Por seu lado, o eurodeputado Paulo Rangel já excluiu a possibilidade de adiamento das directas.
O Presidente da República anunciou esta quinta-feira que as eleições legislativas antecipadas vão decorrer no dia 30 de Janeiro de 2022.
Caso seja o próprio a disputar as eleições legislativas e acabe derrotado por António Costa, Rui Rio garante que a sua “vida não acaba aqui”. Certo é que, nessa circunstância, terá sido a última disputa eleitoral do actual líder social-democrata: “Ou sou primeiro-ministro depois desta eleição ou é a última eleição da minha vida” .