As redes sociais e o mercado de trabalho: as dicas de uma gestora de talento para arranjar emprego

O P3 esteve em directo no Instagram com Célia Marques, gestora de talento da Landing.jobs, para dar respostas e dicas úteis sobre como encontrar um emprego através das redes sociais.

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Headway/Unsplash

Numa conversa em directo no Instagram para ajudar quem está à procura de emprego -  e que pode ser vista aqui -,  Célia Marques, gestora de talento da Landing.jobs, deu dicas úteis para usar as redes sociais nesta tarefa. Os leitores do P3 quiseram saber o que devem fazer antes de procurar emprego, que comportamentos devem adoptar nas redes sociais e como podem encontrar oportunidades dentro das áreas de interesse. Aqui ficam os conselhos que resultaram da conversa “Como usar as redes sociais para arranjar emprego?”.

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Numa conversa em directo no Instagram para ajudar quem está à procura de emprego -  e que pode ser vista aqui -,  Célia Marques, gestora de talento da Landing.jobs, deu dicas úteis para usar as redes sociais nesta tarefa. Os leitores do P3 quiseram saber o que devem fazer antes de procurar emprego, que comportamentos devem adoptar nas redes sociais e como podem encontrar oportunidades dentro das áreas de interesse. Aqui ficam os conselhos que resultaram da conversa “Como usar as redes sociais para arranjar emprego?”.

Estou à procura de emprego. Por onde começar?

Antes de pensar em procurar ofertas de emprego, é importante “definir um plano de acção”, diz Célia Marques. O primeiro passo é encontrar as plataformas de trabalho que “melhor se adaptam à área de emprego pretendida”. Sejam sites generalistas para procurar emprego em Portugal – Net-Empregos ou SAPO Emprego são alguns exemplos – ou sites para procurar vagas disponíveis em áreas mais específicas, como Carga de trabalhos ou Landing.jobs. Registar-se e receber alertas pode ser muito útil.

Identificar as empresas certas para seguir e enviar candidaturas é o passo seguinte: saber quais são potenciais empregadoras e acompanhar as vagas que disponibilizam. E, claro, criar um CV personalizado, sem esquecer informações importantes: dados pessoais, um resumo da experiência académica e também da experiência profissional (se já existir), passatempos e actividades de voluntariado ou formações que podem ajudar a destacar-se no mercado de trabalho.

E destacar-se no mercado de trabalho também significa melhorar a presença online. “As redes sociais vieram ajudar-nos imenso na procura de emprego, mas é necessário potenciarmos o mais possível estas ferramentas”, defende Célia. E, enquanto recrutadora, tem a certeza de que “vale a pena”.

E como posso trabalhar as redes sociais?

Se as redes sociais podem ser importantes ferramentas profissionais, criar um perfil no LinkedIn é quase obrigatório. E há cuidados a não esquecer: escolher uma fotografia “profissional”, escrever um breve resumo para dar a conhecer as experiências académicas e profissionais e partilhar os objectivos e motivações em relação ao mercado de trabalho. Publicar artigos próprios que suscitem interesse a quem os lê pode enriquecer a página.

Com uma presença online cuidada, está na altura de procurar e contactar potenciais empregadores. Quais as empresas que trabalham na tua área? Deves seguir as suas páginas e acompanhar as publicações porque podes encontrar ofertas de emprego. O LinkedIn disponibiliza um grande número de vagas e “acaba por funcionar como um site de emprego”. E também serve de intermediário na comunicação com os colaboradores. Pode ser uma mais-valia “enviar mensagem a fazer questões ou a pedir ajuda” a quem trabalha nessas empresas e é uma referência na tua área de interesse.

Posso responder a vagas de emprego nas redes sociais?

Uma candidatura a uma vaga de emprego pode acontecer através de uma carta de motivação personalizada que acompanha o CV ou via LinkedIn. É uma alternativa válida enviar uma mensagem ao responsável pela oferta de trabalho ou dirigir-se ao director de Recursos Humanos daquela empresa. E deves lembrar-te que o conteúdo da mensagem vai fazer a diferença no processo de recrutamento. “Devemos mencionar em todos os contactos com as empresas e com os possíveis empregadores a nossa motivação e as mais-valias que podemos trazer se optarem por nos contratar”, sublinha Célia Marques. E, se tudo correr bem, és chamado para uma entrevista.

A seguir podes ter de esperar para saber se conseguiste o emprego, mas não percas o contacto com a empresa. No fim da entrevista procura já saber os próximos passos e “obter o compromisso do lado do recrutador”. Se não receberes uma resposta ao fim de alguns dias, “não fica mal enviar uma mensagem ao recrutador a pedir feedback da entrevista e a questionar qual será a próxima fase”, aconselha Célia. Só “demonstra o interesse” em prosseguir com a candidatura.

Mais conselhos para colocar em prática e erros a evitar

As dicas mencionadas vão ajudar-te a melhorar a tua presença online, a perceber como usar as redes sociais como ferramenta profissional e como podes colocar-te em contacto com potenciais empregadores. Mas, ao longo da conversa, Célia Marques partilhou mais conselhos e referiu os erros a evitar por quem está à procura de emprego:

  • ter muita atenção com o tipo de conteúdos que se publica nas redes sociais, quer pessoais quer profissionais;
  • escolher uma fotografia de perfil profissional para o LinkedIn;
  • nunca mentir no CV ou no perfil criado na rede social profissional;
  • enviar o CV Europass apenas quando o empregador o menciona na vaga de trabalho;
  • escrever sem erros ortográficos.