Emissões de CO2 regressam a níveis próximos do período pré-pandemia
Cientistas acreditam que ainda é possível limitar o aquecimento global a 1,5 graus Celsius em relação aos níveis pré-industriais. Mas isso vai implicar uma acção imediata e concertada, neutralidade carbónica em 2050 e uma redução de emissões de dióxido de carbono de 1,4 mil milhões de toneladas por ano – apenas um pouco abaixo do que se conseguiu durante a pandemia, em 2020.
Quando se dirigiu aos líderes mundiais presentes na cerimónia de abertura da COP 26, em Glasgow, sir David Attenborough lembrou-os de que, no final, tudo se resume a um número: o volume de concentração de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera, que está directamente ligado ao aquecimento global. No ecrã atrás dele surgiu, então, o número 414, referente à concentração de moléculas de CO2 na atmosfera, medida em partes por milhão (ppm). Hoje, este valor regressou aos 415 ppm que já atingíramos em 2019, segundo o 16.º relatório do Global Carbon Project, agora divulgado, e isto é o reflexo da principal conclusão a que ali se chega: em 2021, as emissões de CO2 devem fixar-se em valores muito próximos dos de há dois anos, no período pré-pandemia, anulando a queda que se viveu então.
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Quando se dirigiu aos líderes mundiais presentes na cerimónia de abertura da COP 26, em Glasgow, sir David Attenborough lembrou-os de que, no final, tudo se resume a um número: o volume de concentração de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera, que está directamente ligado ao aquecimento global. No ecrã atrás dele surgiu, então, o número 414, referente à concentração de moléculas de CO2 na atmosfera, medida em partes por milhão (ppm). Hoje, este valor regressou aos 415 ppm que já atingíramos em 2019, segundo o 16.º relatório do Global Carbon Project, agora divulgado, e isto é o reflexo da principal conclusão a que ali se chega: em 2021, as emissões de CO2 devem fixar-se em valores muito próximos dos de há dois anos, no período pré-pandemia, anulando a queda que se viveu então.