As angústias de um Presidente no momento da dissolução do Parlamento

Da decisão pré-anunciada ao risco de ingovernabilidade pós-eleitoral, passando pela escolha da data das eleições, Marcelo ouve hoje os seus conselheiros sobre uma das decisões mais difíceis, mas inevitáveis, na vida de um Presidente em democracia.

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O Presidente reúne o Conselho de Estado com vista à dissolução do Parlamento Nuno Ferreira Santos

Quando Marcelo Rebelo de Sousa se reunir, nesta quarta-feira, com o Conselho de Estado com vista à dissolução da Assembleia da República, já terá estudado todas as consequências políticas da sua decisão. E embora não possa já contar com os conselhos de Mário Soares e Jorge Sampaio (que bem conheceram as angústias de uma decisão) que, como eles tiveram de tomar, pode colher lições da sua história, recordar com Eanes o apelo de 1977 (“uma maioria estável, sólida e coerente”) e ouvir de Cavaco Silva a experiência de quem formou o único Governo minoritário que saiu de umas eleições antecipadas (antes de ganhar duas maiorias absolutas).

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Quando Marcelo Rebelo de Sousa se reunir, nesta quarta-feira, com o Conselho de Estado com vista à dissolução da Assembleia da República, já terá estudado todas as consequências políticas da sua decisão. E embora não possa já contar com os conselhos de Mário Soares e Jorge Sampaio (que bem conheceram as angústias de uma decisão) que, como eles tiveram de tomar, pode colher lições da sua história, recordar com Eanes o apelo de 1977 (“uma maioria estável, sólida e coerente”) e ouvir de Cavaco Silva a experiência de quem formou o único Governo minoritário que saiu de umas eleições antecipadas (antes de ganhar duas maiorias absolutas).