Regresso à cena em São Carlos, em clave mínima e antiga

Finalmente a ópera renasceu no São Carlos, onde o abandono dos palcos precipitado pela pandemia foi encarado como uma fatalidade. Demos graças pela estreia nacional de Ariodante!

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Cecilia Molinari formou com Ana Quintans um dueto de impecável entendimento e transparência ANTÓNIO PEDRO FERREIRA/Teatro Nacional de São Carlos

A programação do Teatro Nacional de São Carlos (TNSC) tem sido uma vítima quer da pandemia, quer da falta de uma política cultural consequente que entenda, enquadre e apoie o teatro musical. Cronicamente suborçamentada, sem largueza de espaços próprios, sem meios adicionais para reagir com energia à emergência sanitária através de planos de contingência como aqueles que foram implementados em Madrid ou em Viena, sem qualquer sensibilidade por parte da tutela, a instituição encarou o abandono da cena como uma fatalidade, sem se expandir para outros palcos e apostando na apresentação de versões de concerto de partituras de ópera. Quem iria dizer à ministra que o espectáculo de ópera, a razão de ser do São Carlos, deixou aí de existir?

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A programação do Teatro Nacional de São Carlos (TNSC) tem sido uma vítima quer da pandemia, quer da falta de uma política cultural consequente que entenda, enquadre e apoie o teatro musical. Cronicamente suborçamentada, sem largueza de espaços próprios, sem meios adicionais para reagir com energia à emergência sanitária através de planos de contingência como aqueles que foram implementados em Madrid ou em Viena, sem qualquer sensibilidade por parte da tutela, a instituição encarou o abandono da cena como uma fatalidade, sem se expandir para outros palcos e apostando na apresentação de versões de concerto de partituras de ópera. Quem iria dizer à ministra que o espectáculo de ópera, a razão de ser do São Carlos, deixou aí de existir?