PCP: a corda era para esticar, não era para partir

O PCP não queria, nem quer, eleições. Mas precisava de um ganho de causa que lhe foi negado.

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LUSA/ANTÓNIO COTRIM

Até ao fim, mesmo após a reunião do comité central, o PCP bateu-se por um substancial ganho de causa que lhes permitisse a abstenção no Orçamento — o aumento para 755 euros do salário mínimo em Janeiro, a terceira proposta sobre a matéria que o PCP levou às negociações com o Governo, podia bastar para que o Orçamento do Estado fosse viabilizado pelos comunistas. Mas o executivo recusou alterar a sua proposta inicial (de 705 euros). E foi assim que se consumou o voto contra o Orçamento do Estado que Jerónimo de Sousa anunciou no dia seguinte à reunião do comité central — e que abriu a crise política para a qual o Presidente da República só tem a solução das eleições antecipadas.

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Até ao fim, mesmo após a reunião do comité central, o PCP bateu-se por um substancial ganho de causa que lhes permitisse a abstenção no Orçamento — o aumento para 755 euros do salário mínimo em Janeiro, a terceira proposta sobre a matéria que o PCP levou às negociações com o Governo, podia bastar para que o Orçamento do Estado fosse viabilizado pelos comunistas. Mas o executivo recusou alterar a sua proposta inicial (de 705 euros). E foi assim que se consumou o voto contra o Orçamento do Estado que Jerónimo de Sousa anunciou no dia seguinte à reunião do comité central — e que abriu a crise política para a qual o Presidente da República só tem a solução das eleições antecipadas.