Rui Rio perde com as suas incongruências

Ao querer adiar eleições no PSD para garantir ao partido uma posição forte no próximo confronto com o PS, Rui Rio dá parte de fraco.

Por mais que se procurem argumentos e se tentem explicações, não se consegue perceber o que leva um político e líder partidário experiente como Rui Rio a manter a sua luta contra a realização de eleições directas no PSD nas datas aprovadas pelo último conselho nacional. É fácil aceitar que há na sua actual condição o fantasma de uma tragédia grega, em que ele se arrisca a representar o papel do protagonista desafortunado a quem tiram a última oportunidade para ser feliz na política. Há também a possibilidade de ser visto uma vez mais como o líder eternamente flagelado por um partido condenado às convulsões internas. Ainda assim, agindo como está a agir, Rui Rio afunda-se nas suas próprias angústias e nas contradições do PSD.

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Por mais que se procurem argumentos e se tentem explicações, não se consegue perceber o que leva um político e líder partidário experiente como Rui Rio a manter a sua luta contra a realização de eleições directas no PSD nas datas aprovadas pelo último conselho nacional. É fácil aceitar que há na sua actual condição o fantasma de uma tragédia grega, em que ele se arrisca a representar o papel do protagonista desafortunado a quem tiram a última oportunidade para ser feliz na política. Há também a possibilidade de ser visto uma vez mais como o líder eternamente flagelado por um partido condenado às convulsões internas. Ainda assim, agindo como está a agir, Rui Rio afunda-se nas suas próprias angústias e nas contradições do PSD.