O novo perfume de Nantes é uma obra de arte sustentável
Não é novidade que a antiga capital bretã se reinventou como uma espécie de cidade-instalação-artística. E, de olhos postos na sustentabilidade, tem incorporado a natureza na sua ideia de futuro. Entre “selvas interiores” e “estações gourmands”, chegou a um jardim extraordinário onde se erguerá uma árvore das garças - um gigante mecânico, onde natureza e engenharia andarão de mãos dadas. Júlio Verne aprovaria.
Ouvíramos a descrição no dia anterior no adarve do castelo dos duques da Bretanha e, confessamos agora, o cepticismo dominara: magnólias e rum, curtumes e especiarias, gâteau nantais e água, tudo misturado e metido no mesmo frasco. No dia seguinte, diante do tribunal desenhado por Jean Nouvel, o “frasco” abre-se por breves momentos e o odor que se solta é floral, cítrico. Na verdade, não foi o frasco que se abriu, foram apenas as tiras de amostra comuns de um perfume especial: o perfume de Nantes.