Sporting baralhou e quer voltar a dar
Rúben Amorim mexeu muito na equipa a meio da semana, para a Taça da Liga e voltará, frente ao V. Guimarães, ao “onze” teoricamente mais forte.
Ao contrário do FC Porto, que foi eliminado, e do Benfica, que desperdiçou uma vantagem de dois golos e esteve perto de ir pelo mesmo caminho, o Sporting passou pela jornada de Taça da Liga com relativa tranquilidade.
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Ao contrário do FC Porto, que foi eliminado, e do Benfica, que desperdiçou uma vantagem de dois golos e esteve perto de ir pelo mesmo caminho, o Sporting passou pela jornada de Taça da Liga com relativa tranquilidade.
A meio da semana, frente ao Famalicão, Rúben Amorim “baralhou as cartas”, utilizando três (ou quatro, incluindo Matheus Nunes) habituais titulares, e vai, agora, voltar a dá-las – e deverá ter, neste sábado, frente ao Vitória de Guimarães (21h15, SPTV), uma “mão” ainda mais forte para apresentar.
Numa fase de tranquilidade no Sporting, que vem de cinco triunfos, entre campeonato, Taça e Taça da Liga – dois deles com goleadas –, o “onze de gala” está a começar a ficar definido na equipa “leonina”, agora que Pedro Gonçalves está de regresso, Pablo Sarabia se fixou como principal “artista” e Gonçalo Inácio já atacou a temporada como titular indiscutível.
Falta, apenas, perceber quem é o lateral/ala-esquerdo (Nuno Santos ou Vinagre?) e, sobretudo, o segundo médio (Bragança ou Matheus?) – posição em que um jogo mais aberto e disputado pedirá o rotativo, dinâmico e de raio alargado Matheus, mas um jogo com adversário mais fechado pedirá a técnica, criatividade e qualidade de passe de Bragança.
Para receber o Vitória, essas são, em tese, as duas dúvidas de Rúben Amorim. E, no capítulo do meio-campo, o jogo recente entre Vitória e Benfica, na Taça da Liga, pode apontar para o internacional português.
O Vitória não teve problemas em levar o jogo para o plano da vertigem, algo em que Matheus Nunes, com predicados na condução de bola e no trabalho sem ela poderão fazer sentido. Mas também Daniel Bragança, com o seu passe longo, poderá facilmente colocar atacantes “leoninos” nas costas da frágil defesa minhota – como fez o Benfica diversas vezes.
Pepa, treinador do Vitória, deixou precisamente a pista de que não terá pudor em incitar os jogadores a “esticarem-se” no relvado. “Não queremos ir ver o que o jogo dá. Queremos divertir-nos em campo, ser iguais a nós próprios. Para isso, não temos de ter receio. Quem vai com medo, perde e nós queremos ganhar. Estamos prontos a correr riscos. Acredito que vai ser um grande espectáculo de futebol”, disse, na antevisão da partida.
Sobre um jogo presumivelmente aberto, Pepa… abriu o jogo. E Amorim? O técnico “leonino” previu uma partida difícil sobretudo pela qualidade do Vitória no sector ofensivo. “Tem jogadores muito perigosos na frente. São muito fortes a atacar, porque têm muito talento. A equipa ainda se está a construir, mas tem um treinador [Pepa] muito talentoso, que trouxe algumas coisas do Paços de Ferreira”.