Vitória tranquila do FC Porto no derby portuense

Perante um Boavista debilitado defensivamente, os “dragões” alcançaram uma vitória justa com mais um golo de Luis Díaz, um “bis” de Evanilson e a estreia de Loader a marcar.

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LUSA/MANUEL FERNANDO ARAÚJO

Ainda a sentir as “ondas de choque” do desaire a meio da semana contra o Santa Clara para a Taça da Liga, o FC Porto regressou neste sábado às vitórias (4-1) com um triunfo indiscutível no derby portuense. Perante um Boavista repleto de adaptações (e debilidades) no sector defensivo, os “dragões” tiveram sempre o domínio e garantiram a conquista dos três pontos com mais um golo de Luis Díaz,  um bis de Evanilson e a estreia do inglês Danny Loader a marcar – Hamache fez o tento de honra dos boavisteiros.

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Ainda a sentir as “ondas de choque” do desaire a meio da semana contra o Santa Clara para a Taça da Liga, o FC Porto regressou neste sábado às vitórias (4-1) com um triunfo indiscutível no derby portuense. Perante um Boavista repleto de adaptações (e debilidades) no sector defensivo, os “dragões” tiveram sempre o domínio e garantiram a conquista dos três pontos com mais um golo de Luis Díaz,  um bis de Evanilson e a estreia do inglês Danny Loader a marcar – Hamache fez o tento de honra dos boavisteiros.

Quatro dias depois de regressar dos Açores com um dos objectivos da época - conquistar a Taça da Liga - irremediavelmente comprometido, Sérgio Conceição tinha surpresas guardadas para o derby. No entanto, as novidades estavam nas ausências no banco de suplentes.

Se na formação titular o treinador foi fiel ao ditado que diz que “em equipa que ganha não se mexe” - repetiu o “onze” que tinha iniciado a última jornada em Tondela -, no banco não estavam Bruno Costa, Mbemba, Toni Martinez e Corona, titulares em Ponta Delgada. Isto depois de o treinador ter falado na antevisão da recepção ao Boavista em “falta de compromisso” e ter deixado um recado para o balneário: “Quem não o tiver [compromisso] não acompanha a equipa. Há características que são básicas e fundamentais.”

Se do lado dos “dragões” Conceição geriu as escolhas em função do rendimento (e atitude), nas “panteras” João Pedro Sousa socorreu-se do que tinha disponível. Com o esquema de três centrais a ser o “plano A” do técnico do Boavista, as lesões dos principais candidatos a essas posições (Porozo, Djaló e Ilori) resultaram em nova defesa “axadrezada” repleta de adaptações. E, sem surpresa, foi aí que esteve o “calcanhar de Aquiles” dos boavisteiros.

Com um médio (Javi Garcia), um lateral (Nathan) e um central que ainda não convenceu (Abascal) à frente de Alireza, a defesa do Boavista pareceu sempre um castelo de cartão pronto a ruir a qualquer momento e, para complicar ainda mais o cenário da equipa do Bessa, aos 17’ Cannon saiu lesionado, forçando mais uma adaptação: o jovem Malheiro voltou a ser lateral.

Com tantos problemas do outro lado, o FC Porto não precisou de carregar muito e depois de nas duas primeiras ameaças Díaz ter perdido o duelo com Alireza, à terceira o colombiano bateu o iraniano; aos 20’, João Mário centrou com precisão e Díaz ganhou nas alturas a Javi Garcia, confirmando a pouca apetência do espanhol para central.

Quase de seguida, Evanilson deixou o primeiro sinal de que estava em tarde inspirada, mas na altura do remate sofreu um pequeno empurrão de Abascal que ajudou a adiar o primeiro golo do brasileiro.

Até aí, o Boavista procurava manter-se à tona e resistir o máximo de tempo possível perante tantas fragilidades defensivas, mas no ataque a equipa de João Pedro Sousa continuava a ter qualidade e um lateral que não perde nenhuma oportunidade para rematar: aos 30’, Hamache confirmou que tem um pé esquerdo de qualidade e fez um grande golo de fora da área.

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No primeiro disparo, o Boavista conseguia o empate e, no segundo, quase passou para a frente. Com o meio-campo portista a dar espaço, Musa surgiu em excelente posição, mas o remate do checo foi travado pelo pé de Diogo Costa.

Por momentos, o FC Porto pareceu abanar, mas nova falha de Javi Garcia acabou com qualquer insegurança “azul e branca”. Aos 41’, Evanilson passou sem problemas pelo espanhol e voltou a marcar no campeonato após oito meses. Menos de um minuto depois, o terceiro portista não surgiu porque Taremi estava ligeiramente fora de jogo.

Ao intervalo, a troca de Reymão por Pérez prometia dar mais agressividade ao meio-campo das “panteras”, mas na defesa mantinha-se tudo igual e no primeiro remate da segunda parte, o FC Porto sentenciou a partida: Taremi assistiu Evanilson e o brasileiro bisou.

Com um importante jogo em Milão à distância de apenas quatro dias, os “dragões” baixaram o ritmo, dando a oportunidade ao Boavista de surgir mais vezes perto da área de Diogo Costa, mas apesar de algumas iniciativas, os boavisteiros nunca mostraram argumentos para ameaçar a vitória do FC Porto e, no último minuto de descontos, o jovem avançado inglês Danny Loader assinalou a estreia a marcar pela equipa principal - o antigo avançado do Reading tem também um golo pela equipa “B”.