Os queijos DOP da Região Centro foram ao DOP do Porto mostrar ao que sabem
Programa de Valorização da Fileira do Queijo da Região Centro continua a divulgar as “características únicas” dos queijos que saem do seu território. Chef Rui Paula cozinhou carne, peixe e sobremesa com eles.
Serra da Estrela, Rabaçal, Amarelo, Castelo Branco e Picante. São estes os cinco queijos com Denominação de Origem Protegida (DOP) produzidos na Região Centro – e foram eles as estrelas no almoço de degustação preparado pelo chef Rui Paula no restaurante DOP. É caso para dizer que os queijos DOP do Centro foram ao DOP do Porto mostrar o que valem – e ao que sabem.
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Serra da Estrela, Rabaçal, Amarelo, Castelo Branco e Picante. São estes os cinco queijos com Denominação de Origem Protegida (DOP) produzidos na Região Centro – e foram eles as estrelas no almoço de degustação preparado pelo chef Rui Paula no restaurante DOP. É caso para dizer que os queijos DOP do Centro foram ao DOP do Porto mostrar o que valem – e ao que sabem.
O Programa de Valorização da Fileira do Queijo da Região Centro (PVFQRC), que tem como objectivo geral dotar o sector “das competências e meios necessários ao aumento da produção certificada”, continua também a fazer caminho na divulgação das “características únicas” destes produtos e na sensibilização, junto dos consumidores, para a importância de preferirem os queijos DOP. O almoço desta quinta-feira no DOP, em plena época do alavão, o período “por excelência para a produção de queijo”, como notou a vice-presidente do InovCluster, que lidera o PVFQRC, Deolinda Campelo, não foi apenas uma acção de charme. Foi uma chamada de atenção “para os produtos diferenciados da região que têm um papel importante nas comunidades”, como sublinhou Jorge Brandão, da CCDR Centro.
“Este programa trabalha uma cadeia de valor que inclui pastores, produtores, comerciantes. Cada DOP tem o seu território e identidade, mas todos têm a ganhar, todos temos a ganhar, se trabalharmos em conjunto, de forma a que estes produtos únicos ganhem escala”, reforçou Jorge Brandão, antes de passar a palavra ao anfitrião Rui Paula, que começou por dizer que o que mais gostaria era que “todos os queijos portugueses”, e não apenas os da Região Centro, estivessem “bem representados internacionalmente”. “Temos queijos muito, muito bons, mas pouca gente os conhece”, lamentou.
Usando os queijos DOP da Região Centro, Rui Paula, que abraçou “de imediato o desafio” do PVFQRC, elaborou um menu que, dos snacks à sobremesa, procurou pôr em evidência os sabores “inigualáveis”, palavras de Deolinda Campelo, destes cinco queijos.
Para animar o palato, o Rabaçal DOP surgiu com uma compota de três pimentos e o Serra da Estrela foi servido numa bola de alheira, tendo ambos os snacks sido acompanhados com o espumante Hehn Brut 2015.
A entrada de carpaccio de vitela, no qual Rui Paula usou o Queijo Picante da Beira Baixa, foi o prato que lhe causou “mais dificuldades”, admitiu o chef, sublinhando, porém, que ficou agradado com o resultado. Seguiu-se o bacalhau e grão-de-bico, com Queijo de Castelo Branco, que acompanhou com um Casas do Coro Jura 2017, um vinho natural com assinatura de Dirk Niepoort.
O prato de carne foi um lombinho de vitela com Queijo Serra da Estrela, que chegou à mesa na companhia de um Quinta da Vegia Reserva 2015. Para fechar, uma chamuça de Queijo Amarelo da Beira Baixa, texturas de abóbora e gelado de mel e amêndoa, servida com Dalva Colheita 2007.