Com o Born, a Cupra quer mostrar que os carros eléctricos podem ser “sexy e divertidos”
O lançamento do Born marca o começo da estratégia Future: Fast Forward, que visa transformar a Espanha num centro de mobilidade eléctrica na Europa. A versão com bateria de 58 kWh e 204cv chega aos concessionários portugueses em Novembro.
A Cupra, que nasceu em 2018 da gama de carros desportivos da Seat, quer cimentar a ideia de que os eléctricos podem ser “divertidos e sexy” (pelo menos, os seus). A marca do emblema tribal usa os adjectivos para descrever o novo Cupra Born, o seu primeiro carro 100% eléctrico que o PÚBLICO teve a oportunidade de testar em Barcelona. A versão com bateria de 58kWh e potência de 150 kW (equivalente a 204cv) chega aos concessionários portugueses em Novembro: promete um alcance de 424 quilómetros entre recargas e ir de zero a 100 km/h em pouco mais de sete segundos. Custa a partir de 38.755 euros.
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A Cupra, que nasceu em 2018 da gama de carros desportivos da Seat, quer cimentar a ideia de que os eléctricos podem ser “divertidos e sexy” (pelo menos, os seus). A marca do emblema tribal usa os adjectivos para descrever o novo Cupra Born, o seu primeiro carro 100% eléctrico que o PÚBLICO teve a oportunidade de testar em Barcelona. A versão com bateria de 58kWh e potência de 150 kW (equivalente a 204cv) chega aos concessionários portugueses em Novembro: promete um alcance de 424 quilómetros entre recargas e ir de zero a 100 km/h em pouco mais de sete segundos. Custa a partir de 38.755 euros.
O maior objectivo? Apelar a clientes preocupados com a pegada ambiental que não queiram abdicar de um carro com força. Os tapetes e bancos são feitos a partir de lixo marinho reciclado; os faróis e luzes usam lâmpadas LED para reduzir o consumo de energia. “Procuramos os clientes jovens e progressivos que queiram mudar o status quo”, salientou o director de marketing da Cupra, Carlos Galindo, durante uma apresentação a jornalistas.
O design em flecha foi escolhido para simular uma visão em que o carro está sempre em movimento (mesmo estando parado no trânsito); a secção dianteira imita o “nariz de um tubarão” para dar uma “cara de determinação” ao veículo. Em caso de dúvida, os acabamentos a cobre definem o Born como um Cupra.
Primeiras impressões
Conduzir o carro dá uma sensação de segurança: a viatura mantém-se estável nas estradas cheias de curvas e contracurvas das montanhas, sem perder a força nas subidas. Além do sistema ESC (programa electrónico de estabilidade), o carro inclui um sistema de direcção progressiva (o esforço de viragem é menor ao estacionar ou a baixa velocidade), com travões maiores e pneus mais largos que devem permitir uma melhor aderência ao solo e uma maior facilidade de travagem.
O habitáculo é espaçoso, com um volante e detalhes que aludem a controladores de videojogos. Há um ecrã de 12 polegadas ao centro dedicado ao infoentretenimento (1560 x 700 pixéis) que é fácil de manusear durante a condução, mas tem um sistema que pode ser pouco intuitivo e confuso num primeiro contacto. A marca garante que tudo se tornará mais simples com o sistema de realidade aumentada, já que a versão final do modelo vai incluir um head-up display com a informação projectada no pára-brisas para impedir o condutor de desviar o olhar da estrada. O carro já vem equipado com uma assistente digital que acorda com a expressão “Hola, hola”.
Além da versão de 58 kWh, haverá uma de bateria com capacidade de 45 kWh, que chega a Portugal em 2022. Nesta versão, que será mais barata, o alcance do carro ronda os 340 quilómetros, apresentando uma potência de 110 kW (147cv). Ao optar pelo modelo mais potente (58 kWh) será possível adicionar uma bateria maior, de 77 kWh, e um pacote “e-Boost" que aumenta temporariamente a potência do carro em 20 kW. Isto permite que os carros atinjam um poder máximo de 170 kW (228cv), com uma autonomia de 540 quilómetros entre carregamentos. A marca diz que o preço do extra deve rondar os 2500 euros.
As restantes especificações técnicas assemelham-se às do Volkswagen ID.3. O carro utiliza a plataforma MEB, desenvolvida para dar resposta aos modelos 100% eléctricos, mas molas mais curtas reduzem-lhe a altura em relação ao chão (o Cupra é 15 mm mais baixo na frente, e 10 mm mais baixo atrás). A bateria situa-se ao centro, posicionada entre os eixos do veículo, proporcionando uma distribuição igual do peso.
Uma nova era
As expectativas de venda são boas. Desde a sua “independência”, a Cupra já vendeu mais de 65 mil unidades em todo o mundo, crescendo a uma taxa de dois dígitos. Até 2018, o nome da marca, que é uma amálgama das palavras inglesas campeonato (cup) e corrida (racing), era usado para descrever os topos de gama desportivos da Seat. Nos últimos anos, o foco tem-se orientado progressivamente para a criação de veículos mais sustentáveis.
O lançamento do Born marca o começo da estratégia Future: Fast Forward, que visa transformar a Espanha num centro de mobilidade eléctrica na Europa. Há mais dois veículos 100% eléctricos (o Tavascan e o Urban Rebel) previstos até 2025.
Desenhado e desenvolvido em Barcelona, na sede da Cupra, em Martorell, o Cupra Born é produzido na fábrica de Zwickau, na Alemanha, de onde também saem o ID.3 e o Skoda Enyaq iV. Com o Born, será lançada também uma nova estratégia de distribuição por subscrição com um pagamento mensal que inclui o uso do veículo e outros serviços relacionados.