Facebook é tema de destaque na Web Summit
A rede social Facebook é o tema de várias palestras da próxima edição da Web Summit que volta a Lisboa entre os dias 1 e 4 de Novembro. A mais recente denunciante da tecnológica, Frances Haugen, fala logo na abertura do evento.
Depois de um ano em que não pôde sair do ecrã, a Web Summit volta a Lisboa na próxima segunda-feira. Além de ser um palco para centenas de startups mostrarem os seus projectos a investidores, o evento tornou-se num ponto de encontro onde políticos, activistas, empresas de tecnologia e cientistas falam sobre os desafios da sociedade e o papel da tecnologia no dia-a-dia. Em 2021, o impacto do Facebook no dia-a-dia é um dos grandes temas.
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Depois de um ano em que não pôde sair do ecrã, a Web Summit volta a Lisboa na próxima segunda-feira. Além de ser um palco para centenas de startups mostrarem os seus projectos a investidores, o evento tornou-se num ponto de encontro onde políticos, activistas, empresas de tecnologia e cientistas falam sobre os desafios da sociedade e o papel da tecnologia no dia-a-dia. Em 2021, o impacto do Facebook no dia-a-dia é um dos grandes temas.
A abertura do festival de tecnologia, na Altice Arena, em Lisboa, conta logo com a participação de Frances Haugen, uma antiga gestora do Facebook que tem acusado publicamente a empresa de fazer pouco para impedir os seus algoritmos de promover conteúdos extremistas e prejudicar a saúde mental dos mais jovens. Horas mais tarde, já no dia 2 de Novembro, a feira de tecnologia dá espaço ao Facebook para contestar as acusações com uma sessão de perguntas e respostas com o responsável de assuntos globais da empresa, Nick Clegg. O magnata Roger Mcnamee, um dos mentores de Mark Zuckerberg que, com os anos, se tornou dos maiores críticos do Facebook, também vai marcar presença.
O debate em torno do papel da tecnológica surge numa altura em que a empresa-mãe da rede social Facebook (outrora, Facebook) acaba de mudar o nome para Meta. Com a alteração, Mark Zuckerberg tenta afastar a empresa (dona do Facebook, WhatsApp, Messenger, Instagram e Oculus) das várias controvérsias em torno do nome Facebook.
Há também várias micro-palestras dedicadas ao problema das notícias falsas, às conspirações em torno da covid-19, à crise ambiental e ao futuro do teletrabalho. Existem mais de 20 “canais” (tracks, em inglês) para explorar na feira: além das conversas no auditório principal, há 23 palcos mais pequenos dedicados a temas específicos (por exemplo, robótica ou saúde), sessões para fazer pergunta aos oradores e masterclasses sobre chatbots e carros autónomos.
A edição deste ano marca ainda o retorno da Night Summit, uma parte do festival dedicada a socializar e a conhecer diferentes áreas de Lisboa durante a noite. A última Night Summit, em 2019, incluiu shots de poncha no Pavilhão de Portugal, seguidos de copos de jeropiga, jantares e descontos em vinho e cerveja no Cais do Sodré. Este ano, a gestão poderá ser diferente devido às regras associadas à pandemia de covid-19.
Apesar de a feira voltar a ter uma vertente presencial, este ano há um limite de 40 mil participantes (em 2019, a feira juntou mais de 70 mil pessoas em Lisboa). O uso de máscara é obrigatório em todos os locais da feira, mas os oradores podem tirá-las durante as suas apresentações. É preciso um certificado digital ou um teste negativo à covid-19 para entrar. A Web Summit está a colaborar com a Unilabs para facilitar o acesso dos participantes a vários locais de testagem na cidade de Lisboa.
A edição de 2021 da Web Summit decorre entre 1 de Novembro e 4 de Novembro na FIL e na Altice Arena. A abertura do evento também inclui a participação do presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, e do ministro de Estado e da Economia, Pedro Siza Vieira.